Usos e significados narrativos da dobra: contributos para o estudo da metaficcionalidade no livro-álbum contemporâneo

Abstract

Partindo de um corpus de livros-álbum contemporâneos que exploram as potencialidades narrativas da dobra, pretende-se, com este estudo, refletir sobre o impacto do recurso à metaficção no contexto da literatura para a infância, sublinhando a forma como a sofisticação e a complexidade inerentes a estas estratégias estão também ao serviço da ludicidade e o entretenimento dos leitores mais jovens. A materialidade do livro-álbum e o seu design gráfico não só têm relevo na construção de um artefacto esteticamente sofisticado e apelativo, como intervêm na ação e no conflito narrativos, numa estratégia autorreferencial. Propõe-se, ainda, uma tipologia sobre os diferentes tipos de funcionalidades da dobra nos volumes onde ela desempenha um papel narrativo, definindo quatro tipologias distintas: divisória física, divisória imaginada, pórtico e mecanismo de criação de movimento.

Os desafios na edição de audiolivros infantojuvenis

“…O livro ilustrado, também designado no Brasil como livro com ilustrações, caracteriza-se por o texto ter predominância em relação às ilustrações, que têm apenas um papel complementar, sendo possível uma leitura da obra apoiada exclusivamente no discurso verbal, sem que se percam os elementos cruciais da narração e decifração (Ramos, 2011;Ramos, 2020). Este é o formato de livro infantil mais facilmente adaptável para áudio.…”

“…Os álbuns podem ser narrativos, poéticos ou em portefólio e abranger múltiplos géneros literários. Podem ainda conter narrativas paralelas (em que há duas histórias que estão presentes em simultâneo, começando, por exemplo, em sentidos opostos -uma narrada da esquerda para a direita e outra da direita para a esquerda, ou sendo contadas com cores distintas) 15 ou narrativas em segundo plano (Ramos, 2011). Estas são estruturas narrativas que também perdem com a adaptação a áudio, pois todos os conteúdos que sejam exclusivamente visuais deixam de ser intuitivos ou abertos a interpretação por terem de ser descritos ou explicitados.…”

“…Os audiolivros infantojuvenis têm a particularidade de, por falta do papel cativante e complementar das ilustrações (Ramos, 2011), pedirem elementos sonoros e/ou música de forma a atrair os leitores e mantê-los interessados e atentos à história. A sonoplastia é a reconstrução artificial de sons do dia-dia que dão vida, de forma quase cinematográfica, à história narrada.…”

mundo de García Lorca en imágenes

“…En el ámbito ibérico también se han producido acercamientos significativos, desde las aportaciones de Durán (2000) a principios del siglo XXI hasta las de Colomer, Kümmerling-Meibauer y Silva-Díaz (2010) en la siguiente década. Y en los últimos años autoras como Ramos (2011Ramos ( , 2014 y Neira-Piñeiro (2012, 2018 profundizan en el álbum lírico-poético como una modalidad especial.…”

La dramatización: aprendizajes por competencias a través del diálogo interartístico

“…En el contexto educativo, se han de promover ambientes lectores en los que la infancia experimente, mediante el juego, realidades ficcionales y aprenda a construir historias significativas, que permitan dar sentido narrativo al mundo que le rodea (Pérez, 2010). Es, por lo tanto, fundamental que los docentes planifiquen la educación literaria desde una perspectiva competencial y cuenten en su bagaje formativo con conocimientos y habilidades prácticas sobre estrategias lectoras diversificadas, a partir de obras convencionales y otras más innovadoras y desafiantes, como son los álbumes ilustrados (Ramos, 2011).…”