“…Se, por certo tempo, foi associada a "atavismo" e "atraso", ocupando o polo oposto da "ciência" e do "progresso", noções que tanto animaram as elites intelectuais no processo de transição política republicana, a "tradição" tornava-se o norte de "[...] uma 'essência' nacional, uma identidade última e profunda a ser descoberta na própria alma popular". (CUNHA, 2001;MELLO, 2009;SCHWARCZ, 1996) Porém O usuário apresentado pelo psiquiatra era um degenerado em parte natural e em parte social. De um lado, seus "caracteres étnicos" o tornavam presa fácil de ideias confusas, por outro, o meio social o flagelava, o torturava, relegando-o à "ignorância".…”