Uso do laser de baixa intensidade e LED no processo de cicatrização de feridas: uma revisão

Abstract

A cicatrização de feridas cutâneas é um desafio na clínica cirúrgica, exigindo novos métodos terapêuticos para que o processo seja otimizado e se realize de forma adequada. Neste aspecto, a fotobiomodulação com a luz laser de baixa intensidade (LBI) tem sido estudado e aplicado, como tratamento coadjuvante nesse processo. Estudos avaliaram que os lasers podem ser empregados de forma satisfatória, otimizando o processo de reparo dessas feridas. O objetivo da presente revisão integrativa foi revisar o uso da fotobiomodulação com luz led e laser no processo de cicatrização das lesões. Como estratégia de busca, fez-se pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrônicas: PubMed, Lilacs e Web of Science, e selecionou-se estudos realizados em humanos e em laboratório in vivo com ratos, entre os anos 2010 e 2021. Uma combinação das seguintes palavras-chaves foi utilizada: luz LED, laser, in vivo, humanos e laboratório. Cinquenta e dois estudos foram selecionados, destes, quarenta foram eliminados como duplicatas e quatorze foram incluídos a fim de análise qualitativa. Em todos os artigos estudados, a terapia com o laser obteve resultados positivos, atuando de forma satisfatória aos objetivos. Após a análise dos estudos, pode-se concluir que a fotobiomodulação com laser de baixa intensidade e o LED mostram-se eficazes melhorando de forma satisfatória todo o processo de reparo tecidual. No entanto, existe a necessidade de mais conhecimento e estudos para que a terapia seja realmente incorporada na clínica.

Enfermagem em Evidência - Volume 1

“…Barbosa e Mejia ( 2016) destacam que o uso de lasers de baixa intensidade tem respostas positivas na redução do edemas, infiltrados inflamatórios, deposição de colágeno e proliferação de fibroblastos. Uma vez que atuação dinâmica do laser resulta na proliferação celular, incluindo as fibras colágenas, elásticas e reticulares, desta forma há um aumento do metabolismo cellular, através da absorção molecular da luz do laser, nas mitocôndrias, organelas que geram a energia da célula O laser utiliza um raio de baixa potência, que possibilita sua eficácia não térmica e seu feixe de luz monocromático eletromagnético sobre alguma área do corpo para fins terapêuticos, onde o metabolismo celular em consequência da absorção de fotorreceptores existentes nas células, propagando um grande número de células, por isso é uma terapia sendo usada tanto para auxiliar tratamentos convencionais ou isolada para o tratamento de patologias (FERREIRA, 2016).…”

Tratamento de feridas usando laser de baixa intensidade como terapia adjuvante: uma revisão integrativa da literatura

“…As evidências demonstram que esta terapia induz atividades anti-inflamatórias e angiogênicas, como também, a neocolagênese formando novos vasos no tecido, que melhoram o aspecto e progressão da cicatrização das feridas. Outrossim, em feridas extensas, principalmente em pacientes diabéticos são eficazes, mesmo que aplicados em diferentes energias e comprimentos de onda na lesão e nas margens (Farias & Catão, 2022;Kasemikhoo et al, 2018).…”