Uso de Brassica Juncea (L.) Czern, Helianthus Annus L. e mimosa bimucronata (dc) o. Kuntze na fitorremediação de solos contaminados com chumbo e níquel

Abstract

A fitorremediação é uma técnica de descontaminação de solos em que utiliza-se o potencial de espécies vegetais para extrair metais e outros contaminantes do ambiente. Neste trabalho foram utilizadas as espécies Brassica juncea (L.) Czern (Mostarda), Helianthus annus L. (Girassol) e Mimosa bimucronata (DC.) O. Kuntze (Maricá) para fitoextrair chumbo e níquel de solos. Para a realização do procedimento, foi feito o acompanhamento ao longo de 11 semanas de dois experimentos simultâneos em que o solo utilizado foi Latossolo Vermelho coletado dentro dos limites da Universidade Tecnológica federal do Paraná. No experimento 1, utilizaram-se 2 kg (massa seca) em potes de polipropileno contaminados com acetato de chumbo e sulfato de níquel em concentrações de 0,5, 1,0, 2,0 e 5,0 g/kg de chumbo e níquel, para identificar o potencial fitorremediador de Brassica juncea (L.) Czern e Helianthus annus L. Para o segundo experimento, foi utilizado 1 kg (massa seca) de solo contaminado com acetato de chumbo em concentrações de 0,25, 0,5 e 1,0 g/kg para verificar se a Mimosa bimucronata (DC.) e O. Kuntze possuem potencial fitorremediador.

Auxina: ação do hormônio indutor de crescimento em soja

“…Brasil não é diferente, tendo a região sudeste como destaque, devido à intensa atividade mineradora, que nos últimos anos causou dois grandes desastres ambientais envolvendo contaminação por rejeitos em Minas Gerais: as tragédias de Mariana e de Brumadinho (BENZECRY, 2018;TOKUHO, 2019).…”

“…A biomagnificação, por sua vez, trata da ampliação da toxicidade, a partir do momento que integram o ciclo metabólico dos organismos vivos, sendo então neles armazenados(ALI et al, 2013). Assim, espécies do topo da cadeia podem sofrer efeitos altamente tóxicos(TOKUHO, 2019). facilita a avaliação de contaminação e a criação de indicadores para controle.…”

“…Adicionalmente, quando a espécie apresenta os fatores inferiores a 1, mas com alta tolerância ao ambiente, ela também pode ser considerada fitoestabilizadora(YANG et al, 2014).Mota (2017) coletou várias amostras deA fitorremediação abrange diversos tipos de plantas, como as arbóreas(PEREIRA et al 2012), arbustivas e herbáceas(MALIK et al, 2010). Espécies como Canavalia ensiformes, Nicotiana tabacum, Jatropha curcas, Zea mays, Cistus monspeliensis, Medicago sativa(AMADO & FIHO, 2015; ARENAS- LAGOS et al, 2016;CHEN et al, 2015;VAN et al, 2013) e gêneros como Pterris, Eucalyptus, Alyssum, Brassica, Sedum, Salix e Helianthus(BARZANTI et al, 2011;LI et al, 2018;PELICA, 2017;TOKUHO, 2019), são de grande interesse na fitorremediação, incluindo algumas espécies com capacidade de acumular concentrações de metais pesados muito elevadas. Estas são as hiperacumuladoras(DELGADILLO-LOPÉZ et al, 2011).fitorremediador.…”

“…verificaram em seus experimentos que as mudas de Cedrela fissilis apresentou elevada capacidade de concentração de Cu, com exclusão do metal na parte aérea. Helianthus annuus é uma fitoextratora bem relatada na literatura, também capaz de remediar ambientes com Pb e Cr(TOKUHO, 2019;YADAV et al, 2018). ensiformis, é eficiente em fitoextrair o Fe, Zn e Cu(RADZIEMSK et al, 2018).…”

“…O país compreende uma região de clima tropical e representa cerca de 19% da flora mundial, contudo existe um grupo menor de plantas que são mais frequentemente estudadas nas pesquisas relacionadas à contaminação por metais pesados, como o Helianthus annuus L., Zea mays, Brassica napus L. e a Brassica jucea, bem como os gêneros Salix sp. A maioria de interesse econômico e exótica(GABOS et al, 2011;MARTINEZ et al, 2013;SILVA & CARNEIRO, 2020;TOKUHO, 2019).Em experimento com Cedrela fissilis, houve alta tolerância ao Cu, com boa produção de matéria seca e ao alto padrão de qualidade de mudas, acumulando preferencialmente o metal pesado em suas raízes(COVRE et al, 2020). Posteriormente,Meyer et al (2016) avaliaram a tolerância e acúmulo de Cd, Cu, Pb e Zn nessa espécies e mais três arbóreas nativas do cerrado, Copaifera langsdorffii, Eugenia dysenterica e Inga laurina.…”