A Endocardite Infecciosa é uma doença cuja concepção diagnóstica e detecção de agentes causadores vem sofrendo grandes modificações desde a sua descoberta. A despeito dos avanços tecnológicos, marcadamente os ecocardiógrafos, o diagnóstico de pacientes com Endocardite Infecciosa continua sendo um desafio, com grande dificuldade para suspeição clínica. Com altos índices epidemiológicos de morbimortalidade e tratamento clínico ou cirúrgico, encontra no diagnóstico precoce o ponto chave para o sucesso do tratamento. Os autores relatam neste artigo um caso de Endocardite Infecciosa em paciente usuário de drogas ilícitas injetáveis e sem história pregressa de doença cardiovascular, que evoluiu com embolia pulmonar séptica. O ECO apontou alteração sugestiva de vegetação em valva tricúspide. A TC-Tórax apresentou nódulos pulmonares difusos com aspecto de partes moles (êmbolos sépticos). O Hemograma apontou cultura positiva para S. aureus sensível à Oxacilina. Foi iniciada conduta incluindo medidas gerais e associação de oxacilina e gentamicina. O paciente não apresentou melhora dos parâmetros clínicos, laboratoriais e radiológicos e novas culturas foram feitas, demonstrando S. aureusmultiresistente sendo iniciado Piperacilina-Tazobactam e culminando no tratamento cirúrgico com substituição biológica da valva tricúspide. Os autores concluem que o diagnóstico e tratamento precoces são determinantes para a evolução favorável da Endocardite Infecciosa.Descritores: Endocardite; Diagnóstico; Terapêutica.