Resumo Objetivos A finalidade do presente artigo é avaliar os resultados clínicos, radiográficos e funcionais de pseudoartroses de escafoide com deformidade angular utilizando enxerto de ilíaco e placa volar. Métodos Foram seguidos prospectivamente 8 pacientes, todos do sexo masculino, com idade média de 39,6 anos, com pseudoartrose de cintura de escafoide, com tempo médio de 19 meses de trauma sem cirurgias prévias. Os pacientes foram tratados com enxerto retirado da crista ilíaca e placa volar para escafoide. Os pacientes foram submetidos a avaliações radiográficas e tomográficas no pré-operatório e em 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano de pós-operatório. A altura carpal e os ângulos escafossemilunares e intraescafoides foram medidos no pré-operatório e aos 3 meses e 1 ano do pós-operatório. A função foi avaliada no pré-operatório e repetida em 1 ano pós-operatório através do escores Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand (DASH, na sigla em inglês) e Patient-related Wrist Evaluation (PWRE, na sigla em inglês), assim como pela aferição de força de pinças e de amplitude de movimento do punho e do polegar. Resultados Houve consolidação em todos os casos, com tempo médio de 3,38 meses. Foram observadas duas complicações: uma infecção de ferida operatória do ilíaco e um parafuso da placa colocado no espaço escafossemilunar. Houve melhora nos parâmetros de amplitude de movimento do punho e do polegar e de força de pinça em todas as avaliações funcionais, com significância estatística do PRWE e do ângulo escafossemilunar. Conclusão Apesar da nossa amostra ter sido pequena, obtivemos consolidação em todos os casos operados, com complicações esperadas na literatura e melhoras tanto no padrão radiográfico quanto na avaliação funcional e na escala de dor dos nossos pacientes.
Isolated compression of the recurrent motor branch of the median nerve is an uncommon condition encontered in the daily life of the hand surgeon. Its early identification and correction can optimize functional outcomes. Among the few causes described, there are only 2 case reports of compression by fascial bands. We present a case of isolated compression of the recurrent motor branch of the median nerve secondary to anomalous fascial bands in a 34-year-old male patient, with significant atrophy of the thenar musculature of the right hand. Electroneuromyography showed isolated involvement of abductor pollicis brevis, with no sensory changes. The patient underwent exploration and decompression, recovering opposition and thumb function in 6 months.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das fraturas do rádio distal em hospitais de referência em Ribeirão Preto(SP), Brasil. Não existem dados suficientes na literatura nacional que corroborem com o perfil epidemiológico das fraturas do rádio distal. Métodos: 245 pacientes apresentaram 254 fraturas do rádio distal, ocorridas entre 2014 a 2017 foram avaliadas retrospectivamente para obtenção do perfil epidemiológico. Os fatores analisados foram idade e sexo, mecanismo do trauma, sazonalidade, tipo de fratura baseada na Classificação AO, presença de exposição óssea, lesões associadas, tipo de tratamento realizado (conservador ou cirúrgico) e o tipo de implante utilizado nos tratamentos cirúrgicos. Resultados: 60,2% dos pacientes participantes eram do sexo masculino e 39,8% do sexo feminino, distribuídos de forma bimodal. A média de idade foi 45,4 anos. Fraturas expostas corresponderam a 92,1% das fraturas e 7,9% representaram as expostas. Pacientes politraumatizados representaram 62,6%. O tempo médio de internação foi 8,09 dias. Conclusão: Apesar do padrão de fraturas mostrar semelhanças com outros estudos, o padrão apresentado pode não traduzir, de forma homogênea, o padrão obtido em outras metrópoles e grandes centros.Descritores: Fraturas do Rádio; Traumatismos do Punho; Epidemiologia; Hospitais Especializados.ReferênciasBruce KK, Merenstein DJ, Narvaez MV, Neufeld SK, Paulus MJ, Tan TP et al. Lack of Agreement on Distal Radius Fracture Treatment. J Am Board Fam Med. 2016;29(2):218-25.MacIntyre NJ, Dewan N. Epidemiology of distal radius fractures and factors predicting risk and prognosis. J Hand Ther. 2016;29(2):136-45.Court-Brown CM, Caesar B. Epidemiology of adult fractures: A review. Injury. 2006;37(8):691-97.Nellans KW, Kowalski E, Chung KC. The epidemiology of distal radius fractures. Hand Clin. 2012;28(2):113-25. Flinkkilä T, Sirniö K, Hippi M, Hartonen S, Ruuhela R, Ohtonen P et al. Epidemiology and seasonal variation of distal radius fractures in Oulu, Finland. Osteoporos Int. 2011;22(8):2307-312.Lindau TR, Aspenberg P, Arner M, Redlundh-Johnell I, Hagberg L. Fractures of the distal forearm in young adults. An epidemiologic description of 341 patients. Acta Orthop Scand. 1999;70(2):124-28.Diamantopoulos AP, Rohde G, Johnsrud I, Skoie IM, Hochberg M, Haugeberg G. The epidemiology of low- and high-energy distal radius fracture in middle-aged and elderly men and women in Southern Norway. PLoS One. 2012;7(8):e43367.Wilcke MK, Hammarberg H, Adolphson PY. Epidemiology and changed surgical treatment methods for fractures of the distal radius: a registry analysis of 42,583 patients in Stockholm County, Sweden, 2004–2010. Acta Orthop. 2013;84(3):292-96.Sigurdardottir K, Halldorsson S, Robertsson J. Epidemiology and treatment of distal radius fractures in Reykjavik, Iceland, in 2004. Comparison with an Icelandic study from 1985. Acta Orthop. 2011;82(4):494-98.Solgaard S, Petersen VS. Epidemiology of distal radius fractures. Acta Orthop Scand. 1985;56(5):391-93.Brogren E, Petranek M, Atroshi I. Incidence and characteristics of distal radius fractures in a southern Swedish region. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8:48. Tsai CH, Muo CH, Fong YC, et al. A population-based study on trend in incidence of distal radial fractures in adults in Taiwan in 2000-2007. Osteoporos Int. 2011;22(11):2809-815.Koo OT, Tan DM, Chong AK. Distal radius fractures: an epidemiological review. Orthop Surg. 2013;5(3):209-13. Dóczi J, Renner A. Epidemiology of distal radius fractures in Budapest. A retrospective study of 2,241 cases in 1989. Acta Orthop Scand. 1994;65(4):432-33.Chen NC, Jupiter JB. Management of distal radial fractures. J Bone Joint Surg Am. 2007;89(9):2051-62.Pagano M, Gauvreau K. Princípios de Bioestatística. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning; 2004. Court-Brown CM. Epidemiologia das fraturas e luxações. In: Court-Brown CM et al. (ed.); Fraturas em adultos de Rockwood Green. 8. ed. Barueri, SP: Manole; 2016.Fanuele J, Koval KJ, Lurie J, Zhou W, Tosteson A, Ring D. Distal radial fracture treatment: what you get may depend on your age and address. J Bone Joint Surg Am. 2009;91(6):1313-19.Jupiter JB, Marent-Huber M; LCP Study Group. Operative management of distal radial fractures with 2.4-millimeter locking plates: a multicenter prospective case series. Surgical technique. J Bone Joint Surg Am. 2010;92(Suppl 1 Pt 1):96-106.
Background: Major bone segmental defects in oncologic patients continue as a therapeutic challenge to orthopedic surgeons. The few alternatives for its management and the relation between functional outcome and surgical complication remain among the main restrictions for indication of different techniques. One of these alternatives is the vascularized fibular graft in association with the creation of a bone channel made from resection of the tumor bone segment after being submitted to the extracorporeal irradiation technique. There is little subject information about long-term follow-up either prospective than retrospective studies. Aim of the study: Retrospective evaluation of vascularized fibular graft consolidation capacity from diaphysis and metaphysis and its integration to irradiated bone after transplantation. Methods: eleven patients submitted to extracorporeal irradiation technique and reimplantation with vascularized fibular graft had their radiographic images on 6, 12 and 24 months of postoperative period evaluated. Results: we observed 41.1% integration in the first year and 58.8% in the second year of follow-up, progressive in the diaphysis focus and maintenance of the metaphysis focus. Conclusion: The fibula has a good capacity for bone integration, showing less influence on the consolidation of the metaphysis portion.Descriptors: Bone Transplantation; Osteosarcoma; Microsurgery; Surgical Oncology.ReferencesMyers GJ, Abudu AT, Carter SR, Tillman RM, Grimer RJ. The long-term results of endoprosthetic replacement of the proximal tibia for bone tumours. J Bone Joint Surg Br. 2007;89(12):1632-37.Muscolo DL, Ayerza MA, Aponte-Tinao L, Farfalli G. Allograft reconstruction after sarcoma resection in children younger than 10 years old. Clin Orthop Relat Res. 2008;466(8):1856-62.Puri A, Gulia A, Jambhekar N, Laskar S. The outcome of the treatment of diaphyseal primary bone sarcoma by resection, irradiation and re-implantation of the host bone: extracorporeal irradiation as an option for reconstruction in diaphyseal bone sarcomas. J Bone Joint Surg Br. 2012;94(7):982-88.Hong AM, Millington S, Ahern V, McCowage G, Boyle R, Tatersall M et al. Limb preservation surgery with extracorporeal irradiation in the management of malignant bone tumor: the oncological outcomes of 101 patients. Ann Oncol. 2013;24(10):2676-80.Manfrini M, Vanel D, De Paolis M, Malaguti C, Innocenti M, Ceruso M et al. Imaging of vascularized fibula autograft placed inside a massive allograft in reconstruction of lower limb bone tumors. AJR Am J Roentgenol. 2004;182(4):963-70.Spira E, Lubin E. Extracorporeal irradiation of bone tumor. A preliminary report. Isr J Med Sci. 1968;4(5):1015-19.Krieg AH, Davidson, AW, Stalley PD. Intercalary femoral reconstruction with extracorporeal irradiated autogenous bone graft in limb-salvage surgery. J Bone Joint Surg Br. 2007;89(3):366-71.Ceruso M, Falcone C, Innocenti M, Delcroix L, Capanna R, Manfrini M. Skeletal reconstruction with a free vascularized fibula graft associated to bone allograft after resection of malignant bone tumor of limbs. Handchir Mikrochir Plast Chir. 2001;33(4):277-82.Ortiz-Cruz E, Gebhardt MC, Jennings LC, Springfield DS, Mankin HJ. The results of transplantation of intercalary allografts after resection of tumors. A long-term follow-up study. J Bone Joint Surg Am. 1997;79(1):97-106.Farfalli GL, Aponte-Tinao L, Lopez-Millán L, Averza MA, Muscolo DL. Clinical and functional outcomes of tibial intercalary allografts after tumor resection. Orthopedics. 2012;35(3):e391-96.Aponte-Tinao L, Farfalli GL, Ritacco LE, Averza MA, Muscolo DL. Intercalary femur allografts are an acceptable alternative after tumor resection. Cln Orthop Relat Res. 2012;470(3):728-34.
Introdução: As fraturas da extremidade distal do rádio representam uma das fraturas mais comuns. Diversos fatores descritos na literatura influenciam nos seus resultados após manejo cirúrgico; como a fragmentação articular, a restauração cirúrgica da anatomia do rádio, a reabilitação pós-operatória, entre outros. Objetivo: analisar o resultado funcional dos pacientes operados de fraturas articulares completas da extremidade distal do rádio e correlacionar estes resultados com os parâmetros radiológicos comumente utilizados. Métodos: 18 pacientes entre 18 a 65 anos, submetidos ao tratamento cirúrgico das fraturas do rádio distal do tipo AO 23C, no período de janeiro de 2014 a julho de 2016. Os seguintes parâmetros clínicos e radiográficos foram avaliados e submetidos a análise estatística: ADM (amplitude de movimento) do punho e antebraço, força de pinças e de preensão, PRWE (Patient Rated Wrist Evaluation), classificação AO da fratura e parâmetros radiográficos pós-operatórios. Resultados: A análise de regressão linear mostrou correlação estatisticamente significativa considerando a inclinação radial e o desvio ulnar. Conclusão: Correlação estatisticamente significativa entre os parâmetros radiográficos e resultados funcionais é de difícil determinação. Novos estudos com maior amostragem e que correlacionem os parâmetros radiográficos e idade são necessários para melhor estudo do tema abordado.Descritores: Fraturas do Rádio; Traumatismos do Punho; Fraturas Intra-Articulares.ReferênciasCourt-Brown CM, Caesar B. Epidemiology of adult fractures: A review. Injury. 2006;37(8):691-97. Wolf WS. Distal Radius Fracture. In: Green’s Operative Hand Surgery 7. ed. Philadelphia, PA: Elsevier.Alluri RK, Hill JR, Ghiassi A. Distal Radius Fractures: Approaches, Indications, and Techniques. J Hand Surg Am. 2016;41(8):845-54.McQueen MM. Fractures oh the distal radius and ulna. In: Rockwood and Green's fractures in adults 8. ed. Philadelphia, PA: Wolters Kluwer Health.Brogren E, Petranek M, Atroshi I. Incidence and characteristics of distal radius fractures in a southern Swedish region. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8:48. Flinkkilä T, Sirniö K, Hippi M, Hartonen S, Ruuheia R, Ohtonen P et al. Epidemiology and seasonal variation of distal radius fractures in Oulu, Finland. Osteoporos Int. 2011;22(8):2307-12.Róbertsson GO, Jónsson GT, Sigurjónsson K. Epidemiology of distal radius fractures in Iceland in 1985. Acta Orthop Scand. 1990;61(5):457-59.Sigurdardottir K, Halldorsson S, Robertsson J. Epidemiology and treatment of distal radius fractures in Reykjavik, Iceland, in 2004. Comparison with an Icelandic study from 1985. Acta Orthop. 2011;82(4):494-98.Meena S, Sharma P, Sambharia AK, Dawar A. Fractures of distal radius: an overview. J Family Med Prim Care. 2014;3(4):325-32.Metz VM, Gilula LA. Imaging techniques for distal radius fractures and related injuries. Orthop Clin North Am. 1993;24(2):217-28.Reis FB, Faloppa F, Saone RP, Boni JR, Corvlo MC. Fraturas do terço distal do rádio: classificação e tratamento. Rev Bras Ortop. 1994;29(5):326-30.Isani A, Melone CP Jr. Classification and management of intra-articular fractures of the distal radius. Hand Clin. 1988;4(3):349-60.AO Surgery Reference. Disponível em: https://surgeryreference.aofoundation.org/. Acesso em: 04 de janeiro de 2020.Lafontaine M, Hardy D, Delince P. Stability assessment of distal radius fractures. Injury. 1989;20(4):208-10.Knirk JL, Jupiter JB. Intra-articular fractures of the distal end of the radius in young adults. J Bone Joint Surg Am. 1986;68(5):647-59.Szabo RM, Weber SC. Comminuted intraarticular fractures of the distal radius. Clin Orthop Relat Res. 1988;(230):39-48.Trumble TE, Culp RW, Hanel DP, Geissler WB, Berger RA. Intra-articular fractures of the distal aspect of the radius. Instr Course Lect. 1999;48:465-80.Lipton HA, Wollstein R. Operative treatment of intraarticular distal radial fractures. Clin Orthop Relat Res. 1996;(327):110-24.Bradway JK, Amadio PC, Cooney WP. Open reduction and internal fixation of displaced, comminuted intra-articular fractures of the distal end of the radius. J Bone Joint Surg Am. 1989;71(6):839-47.Melone CP Jr. Distal radius fractures: patterns of articular fragmentation. Orthop Clin North Am. 1993;24(2):239-53.Xavier CRM, Molin DCD, Santos RMM, Santos RDT, Ferreira Neto JC. Tratamento cirúrgico das fraturas do rádio distal com placa volar bloqueada: correlação dos resultados clínicos e radiográficos. Rev Bras Ortop. 2011;46(5):505-13.Karnezis IA, Panagiotopoulos E, Tyllianakis M, Megas P, Lambiris E. Correlation between radiological parameters and patient-rated wrist dysfunction following fractures of the distal radius. Injury. 2005;36(12):1435-39.Schneiders W, Biewener A, Rammelt S, Rein S, Zwipp H, Amlang M. Die distale Radiusfraktur. Korrelation zwischen radiologischem und funktionellem Ergebnis [Distal radius fracture. Correlation between radiological and functional results]. Unfallchirurg. 2006;109(10):837-44Trumble TE, Schmitt SR, Vedder NB. Factors affecting functional outcome of displaced intra-articular distal radius fractures. J Hand Surg Am. 1994;19(2):325-40. Fernandez DL. Should anatomic reduction be pursued in distal radial fractures?. J Hand Surg Br. 2000;25(6):523-27.Kasapinova K, Kamiloski V. Outcome evaluation in patients with distal radius fracture. Prilozi. 2011;32(2):231-46.Paranaíba VF, Santos JBG, Raduan Neto J, Moraes VY, Belotti JC, Faloppa F. Aplicação do PRWE na fratura da extremidade distal do rádio: comparação e correlação dos desfechos consagrados. Rev bras ortop. 2017;52(3):278-83.da Silva Rodrigues EK, de Cássia Registro Fonseca M, MacDermid JC. Brazilian version of the Patient Rated Wrist Evaluation (PRWE-BR): Cross-cultural adaptation, internal consistency, test-retest reliability and construct validity. J Hand Ther. 2015;28(1):69-76.
As infecções nosocomiais de sítio cirúrgico nas cirurgias ortopédicas ocorrem em cerca de 2% dos procedimentos, sendo a infecção de sítio cirúrgico a terceira causa de infecção nos serviços de saúde. Quando ocorrem, envolvem prejuízos ao paciente, profissional de saúde e hospital. Em um serviço de ortopedia de alta complexidade tanto os fatores do paciente quanto os relacionados ao seu quadro, como gravidade da lesão e internação prolongada, podem modificar o microrganismo presente nas infecções. Esse estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico das infecções nosocomiais nas cirurgias ortopédicas realizadas pela equipe de ortopedia do membro superior, mão e microcirurgia de um serviço de alta complexidade em Ribeirão Preto. Foram avaliados os pacientes operados pela equipe membro superior, mão e microcirurgia da Unidade de Emergência de Ribeirão Preto, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, com objetivo de determinar a taxa de infecção e o principal agente etiológico envolvido. No total 456 cirurgias ocorreram no intervalo citado, com uma taxa de infecção de 4,17%. O principal agente encontrado foi o Enterobacter cloacae e os Gram negativos foram os mais prevalentes nos casos avaliados, presentes em 55,56% das culturas. Esse perfil de agente etiológico está relacionado aos nossos pacientes, que apresentam lesões de alta energia e contaminadas, necessitando de internação hospitalar prolongada.
A tenossinovite piogênica é uma infecção da bainha do tendão flexor do dedo que pode resultar em necrose e aderência do tendão, perda de movimento, deformidade e, em último caso, acarretar perda do membro se o tratamento não for instituído rápido e adequadamente. O objetivo desse estudo é descrever o perfil epidemiológico e bacteriológico dos pacientes com o diagnóstico de tenossinovite infecciosa em um hospital terciário. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes atendidos na instituição no período de janeiro de 2019 a junho de 2020 com o diagnóstico confirmado de tenossinovite infecciosa, e que tenham sido submetidos a tratamento clínico e cirúrgico. Os resultados encontrados foram: a prevalência de pacientes do sexo masculino, com média de 42 anos de idade, contaminados após ferimentos perfurocortantes. A bactéria mais encontrada foi Staphylococcus aureus e os resultados mais favoráveis foram nos pacientes que iniciaram o tratamento em menos de 72 horas do início dos sintomas. A suspeita clínica e o reconhecimento precoce do agente etiológico se mostraram fundamentais para minimizar as consequências potencialmente devastadoras do atraso no tratamento desta doença.
Introdução: A tenossinovite estenosante de De Quervain, doença inflamatória mais comum do punho, de maior prevalência no sexo feminino e na faixa etária de 30 a 50 anos, caracteriza-se pelo envolvimento da bainha sinovial do primeiro compartimento extensor do punho, que inclui os tendões abdutor longo do polegar (ALP) e extensor curto do polegar (ECP). Apesar da etiologia indefinida, atribui-se caráter multifatorial como traumas, sobrecarga de exercícios repetitivos com punho e mão, alterações metabólicas, reumáticas e variações anatômicas, como a presença de dois ou mais tendões do ALP e ECP e septo no túnel osteofibroso. Dentre as alternativas terapêuticas encontra-se a infiltração com corticosteroides. Material e Método: Foi avaliado o resultado terapêutico em 15 pacientes submetidos à infiltração local de corticosteroide através dos questionários DASH, PRWE e Escala Visual da Dor. Resultados: observou-se melhora significativa dos pacientes avaliados. Conclusão: o tratamento com corticosteroides é eficaz e seguro.Descritores: Doença de De Quervain; Tenossinovite; Corticosteroides.ReferênciasUribe WAJ, Buendia GPP, Rodriguez JMF, Vieira Filho JGC. Tenossinovites De Quervain: uma nova proposta no tratamento cirúrgico. Rev Bras Cir Plást. 2009;25(3):465-69.Avci S, Ylmaz C, Sayli U. Comparison of nonsurgical treatment measures for de Quervain’s disease of pregnancy and lactation. J Hand Surg Am. 2000;27(2):322-24.Pensak MJ, Bayron J, Wolf JM. Current treatment of de Quervain tendinopathy. J Hand Surg Am. 2013;38(11):2247-49.Pignataro MB, Praetzel RP. Tendinites e Tenossinovites. In: Pardini A, Freitas A. Cirurgia de mão: lesões não traumáticas. Rio de Janeiro: Medbook; 2008, p.509-20.Alves MPT, Moraes Neto GP, Tzirulnik M. Avaliação clínico-ultra-sonográfica da tenossinovite estenosante de Quervain. Rev bras ortop. 2000;35(4):118-22.Bonita R, Beaglehole R, Kjellström T. Epidemiologia básica. São Paulo: Santos; 2007.Diniz DRV, Mejia DPM. Ergonomia como fator de prevenção da doença tenossinovite estenosante de De Quervian no ambiente de trabalho. Disponível em: http://portalbiocursos.com.br/ohs/ data/docs/20/29_Ergonomia_como_fator_de_prevenYYo_da_doenYa_Tenossinovite_Estenosante_de_De_Quervain_no_ambiente_de_trabalho.pdf. Acesso em: 16 jan. 2018.Ansari MAQ. De Quervain’s disease: a randomized prospective study evaluating the efficacy of steroid and conservative management. Int J Pharm Sci Invent. 2014;3(5):4-6.Ashraf A, Hadianfard J. A comparison of the effect of acupuncture in treatment of De Quervain’s disease with steroid injection. Ongoing study with unpublished results as of 2014. Eur J Orthop Surg Tr. 2014;26(4):157-68.Ashraf MO, Devadoss VG. Systematic review and meta-analysis on steroid in-jection therapy for de Quervain’s tenosynovitis in adults. Eur J Orthop Surg Tr. 2014;24(2):149-57.Kutsumi K, Amadio PC, Zhao C, Zobitz ME, Tanaka T, An KN. Finkelstein’s test: a biomechanical analysis. J Hand Surg Am. 2005;30(1):130-35.McAuliffe JA. Tendon disorders of the hand and wrist. J Hand Surg Am. 2010;35(5):846-53.Sawaizumi T, Nanno M, Ito H. De Quervain’s disease: efficacy of intra-sheath triamcinolone injection. Int Orthop. 2007;31(2):265-68.Shiraishi N, Matsumura G. Anatomical variations of the extensor pollicis brevis tendon and abductor pollicis longus tendon–relation to tenosynovectomy. Okajimas Folia Anat Jpn. 2005;82(1):25-9.Harvey FJ, Harvey PM, Horsley MW. De Quervain’s disease: surgical or nonsurgical treatment. J Hand Surg Am. 1990;15(1):83-7.Tewari J, Mishra PR, Tripathy SK. Anatomical variation of abductor pollicis longus in Indian population: a cadaveric study. Ind J Orthop. 2015;49(5):549-53.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.