Com o advento da visão gerencial na forma como a coisa pública deve ser gerenciada, enfatiza-se o papel da gestão de pessoas neste processo, como forma de não somente gerar a motivação e engajamento necessários para a prestação dos serviços públicos, mas também para que estes serviços sejam prestados com a devida qualidade. No que se refere ao objetivo geral, o estudo consistiu em elucidar sobre a gestão de pessoas na gestão pública. Os procedimentos metodológicos abarcaram a pesquisa bibliográfica e explicativa, com natureza qualitativa e utilização de um estudo multicasos. O estudo conclui que embora a visão gerencialista na forma como a administração pública seja a mais recomendada, nas organizações públicas ainda há traços pertinentes a burocracia e patrimonialismo, regimes estes que são marcados por disfunções e que não colaboram para o uso mais racional dos recursos. Há também duas tendências vistas nos estudos analisados: a) quando há inovações voltadas para o setor de gestão de pessoas, apesar de elas gerarem resultados positivos, elas enfrentam resistência por alas mais resistentes a este tipo de mudanças, e; b) faz-se necessário que as organizações públicas possam reconhecer a relevância estratégica do setor de gestão de pessoas, pois esta é uma condição fundamental para que os resultados organizacionais se tornem mais fáceis de serem alcançados.