“…Como Diogo Ramada Curto chamou a atenção muito recentemente (Curto, 2012), o "conhecimento imperial" europeu é um compósito muito mais complexo do que aquilo que se tornou usual considerar. Longe de se fundar apenas sobre o "domínio científico" de territórios e populações de ultramar, esse conhecimento sempre incluiu, frequentemente com mais destaque, saberes e práticas próprios da teologia política, das discussões sobre as relações entre fiscalidade e comércio, de teorizações jurídicas sobre o poder e outras tantas disciplinas intelectuais europeias muito distantes daquelas incluídas no rol habitual da história das ciências.…”