Uma proposta para avaliação do desenvolvimento do conhecimento pedagógico do conteúdo de futuros professores de Física acerca da temática Natureza da Ciência

Abstract

O conhecimento pedagógico do conteúdo (PCK, na sigla em inglês) é compreendido como um conhecimento específico do professor que o diferencia de um especialista da sua área de conhecimento disciplinar específica. Ele surge como resultado de experiências de ensino de tópicos ou conteúdos da sua disciplina. O PCK é um constructo que, dentre outros, vem sendo usado como modelo de investigação do pensamento de professores e como subsídio para construção de currículos de formação inicial e continuada. Este trabalho propõe um modelo para avaliação do desenvolvimento do conhecimento pedagógico do conteúdo, referente à temática Natureza da Ciência (NdC), na formação inicial de professores de Física (PCK/NdC). Procuramos incorporar, no nosso modelo, críticas recorrentes às propostas anteriores de modelos de PCK presentes na literatura especializada, como, por exemplo, a exclusão de fatores não cognitivos e a falta de relações entre os conhecimentos que dão corpo ao PCK. Assim, nosso modelo surge como ferramenta para análise e compreensão dos conhecimentos, dificuldades e crenças que rodeiam o futuro professor de Ciências/Física durante o processo de criação, aplicação e avaliação de estratégias didáticas que visam o ensino de conteúdos metacientíficos. Por fim, buscamos, com a proposição do modelo avaliativo do desenvolvimento do PCK/NdC, não uma resposta final e definitiva para a questão do como ensinar conteúdos metacientíficos; mas, sim, compreender os conhecimentos, dificuldades e dilemas que rodeiam os futuros professores de Física que se propõem a tal tarefa e como eles contribuem para o desenvolvimento do PCK/NdC.

A mobilização do conhecimento pedagógico do conteúdo sobre o cientista e a ciência: análise de uma sequência didática produzida por uma futura professora de ciências

“…A noção de reflexão colaborativa e seu papel dentro do PCK/NdC é discutida em Silva eMartins (2018). Sugerimos a leitura do artigo para maiores aprofundamentos.…”