“…No entanto, quando essa rede é fragilizada ou ausente, há uma exposição maior às EAI, bem como a danos e agravos que comprometam tal desenvolvimento em âmbitos físicos, sociais ou psicológicos, que podem se constituir em fatores de risco para o comportamento transgressor, como a agressão sexual (Ferraz, 2021;Murteira, 2019;Silva, 2017). Diante da inexistência de uma estatística apurada sobre os casos de violência cometida por adolescentes, bem como carência de estudos que demonstrem suas trajetórias de vida (Lima, Gallo & Moura, 2018, Reis & Cavalcante, 2018, Setubal, Wolff & Costa, 2020, este artigo tem como objetivo realizar uma caracterização biopsicossocial de jovens autores de agressão sexual, a partir da descrição das EAI e dos fatores de risco que atravessam suas trajetórias. Ademais, os relatos são comparados com de jovens autores de atos infracionais de outra natureza, com o intuito de pontuar as experiências compartilhadas e as divergentes.…”