Uma antropologia da práxis: homenagem a Jean Langdon

Abstract

Esther Jean Langdon tem uma longa, densa e impactante trajetória nas antropologias brasileira, latino-americana e mundial. Esta coletânea é uma homenagem a sua vida, sua obra e seu percurso de pesquisa e ensino. Reunimos em torno do tema-síntese de uma antropologia da práxis um conjunto de textos de antropólogos e antropólogas sobre as temáticas centrais de seu trabalho: xamanismo; práticas e políticas em saúde; narrativa, ritual e performance; e uma parte final com histórias e memórias de sua trajetória. Os textos são reverberações diretas ou indiretas da obra e da atuação acadêmica de Jean, marcadas pela perspectiva de uma antropologia da periferia, do sul global e plural, e por sua imensa capacidade de trabalhar em parceria não apenas com colegas de diferentes partes do mundo, mas principalmente com seus sujeitos de pesquisa e interlocução. Sua antropologia da práxis traz também uma concepção da antropologia como práxis social, atenta à sua contribuição para uma sociedade mais justa, igualitária e de plenos direitos.

Thinking from the Barrio: Location, Modernity, and the Popular in Alejandro Moreno

“…Episteme for him, then, is not so much an anthropological structure or a point of view as it is a matrix in movement, an event that keeps occurring in the form of a certain exercising of life or practication, as we will explain. 45 Modernity, then, and contemporary Western thought imply a particular world-of-life (mundode-vida), one constituted by ". .…”

“…He sees practication instead as "the act of living as it is exercised by a community in a particular historical period, which can have a long duration and in which its members participate in a spontaneous manner." 49 Every "elemental gesture" and every "gesture of life" occur in practication.…”