“…A unidade "discurso racista" não se constitui em fronteiras estabelecidas a priori, tais quais unidades sedimentadas em espaços predelineados pelas práticas discursivas, o que não impede de que, como enunciados conservados, ela esteja impregnando historicamente esses espaços. Diante disso, os analistas do discurso têm se dedicado a mobilizar um conjunto de enunciados escritos (NAR-DOCCI, 2002;2005; NASCIMENTO; SIQUEIRA e NARDOCCI, 2007) para descrever, entre outras coisas, a trajetória de transmissão dos traços do discurso racista nos e pelos médiuns, para, então, considerar o estatuto sócio-histórico e cultural que torna o traço possível: as técnicas e, conforme Maingueneau (2015, p.149), os "lugares institucionais, grupos, crenças, projetos políticos" e econômicos (NASCIMENTO; CARREIRA, 2013;.…”