Uma Análise Das Interações Discursivas Em Uma Aula Investigativa De Ciências Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental Sobre Medidas Protetivas Contra a Exposição Ao Sol
Abstract:Esta pesquisa tem como objetivo analisar, por meio das interações discursivas em uma sala de aula de ciências do quinto ano do ensino fundamental, o processo de construção conjunta de conhecimentos relativos à interação entre a radiação ultravioleta-corpo humano e os diferentes produtos de proteção. Além disso, busca refletir sobre elementos da prática científica, especificamente atitudes e procedimentos, que podem ser potencializadas em aulas fundamentadas no ensino por investigação. O tema interação radiação… Show more
“…Em cada momento, a professora foi questionando sobre a utilização dos reagentes, sendo que os estudantes das três escolas responderam satisfatoriamente, criando um modelo explicativo para cada momento. Essa situação foi observada em relatos dos alunos, como estes: BARCELLOS et al, 2019).…”
O ensino contextualizado com questões sociocientíficas voltadas à realidade dos estudantes, aliado a práticas pedagógicas que estimulem o raciocínio mostra-se bastante produtivo na aprendizagem de Biologia e na formação de cidadãos críticos. O presente estudo, de natureza qualiquantitativa e de caráter interventivo, pretendeu desenvolver e aplicar uma sequência de ensino investigativa (SEI) como ferramenta problematizadora para o ensino de Genética em seis momentos: pesquisa e compartilhamento de vídeos, investigação de simulações de paternidade, montagem de cena de crime, extração de DNA e simulações lúdicas de Genética Molecular. A observação qualitativa evidenciou o posicionamento crítico e investigativo dos estudantes diante de problematizações e amadurecimento científico, enquanto a análise quantitativa demonstrou o desenvolvimento de habilidades e compreensão sobre a temática. Portanto, a SEI facilitou a compreensão da genética forense, minimizando o distanciamento entre a teoria e a prática, bem como despertou o interesse dos estudantes com relação ao estudo da Genética Molecular.
“…Em cada momento, a professora foi questionando sobre a utilização dos reagentes, sendo que os estudantes das três escolas responderam satisfatoriamente, criando um modelo explicativo para cada momento. Essa situação foi observada em relatos dos alunos, como estes: BARCELLOS et al, 2019).…”
O ensino contextualizado com questões sociocientíficas voltadas à realidade dos estudantes, aliado a práticas pedagógicas que estimulem o raciocínio mostra-se bastante produtivo na aprendizagem de Biologia e na formação de cidadãos críticos. O presente estudo, de natureza qualiquantitativa e de caráter interventivo, pretendeu desenvolver e aplicar uma sequência de ensino investigativa (SEI) como ferramenta problematizadora para o ensino de Genética em seis momentos: pesquisa e compartilhamento de vídeos, investigação de simulações de paternidade, montagem de cena de crime, extração de DNA e simulações lúdicas de Genética Molecular. A observação qualitativa evidenciou o posicionamento crítico e investigativo dos estudantes diante de problematizações e amadurecimento científico, enquanto a análise quantitativa demonstrou o desenvolvimento de habilidades e compreensão sobre a temática. Portanto, a SEI facilitou a compreensão da genética forense, minimizando o distanciamento entre a teoria e a prática, bem como despertou o interesse dos estudantes com relação ao estudo da Genética Molecular.
“…Sobre a estruturação interacional da avaliação, Amaral et al (2003), vinculam esse padrão com os contextos em que é preciso construir explicações e generalizações científicas para engajar os alunos a aprender Ciências. As explicações são necessárias pela preocupação dos professores com a inserção dos alunos na cultura científica (Barcellos & Coelho, 2019), e por isso, a importância de avaliar a produção de ideias em curso. Nessa mesma visão, Bouças e Junior (2015) complementam que é por meio desse padrão interacional que o professor pode conformar as ideias dos alunos e direcioná-los para a apropriação dos conhecimentos científicos.…”
Section: (B) Relações Entre a Avaliação Da Aprendizagem E As Interações Discursivas 1 Pesquisas Nacionaisunclassified
Nesse artigo analisamos as características das pesquisas nacionais e internacionais sobre a produção da avaliação da aprendizagem em interações discursivas no ensino de ciências fundamentadas na perspectiva sociocultural. Consideramos 89 pesquisas, sendo 66 nacionais e 23 internacionais, selecionadas por meio de consulta às bibliotecas virtuais ProQuest Education Resources Information Center e Web of Science, ao Portal de Periódicos CAPES e aos Anais do ENPEC. As pesquisas foram analisadas no software NVivo 12® para quatro categorias: (a) compreensões e propósitos da avaliação da aprendizagem, (b) relações entre a avaliação e as interações discursivas, (c) pressupostos da avaliação da aprendizagem e (d) categorias analíticas. As pesquisas indicam a necessidade de considerar as dinâmicas discursivas na compreensão conceitual da avaliação e em como ela é estruturada segundo padrões interacionais para que os alunos elaborem significados. Os estudos destacam múltiplos propósitos e a necessidade da ampliação de espaços que valorizem a expressão de ideias científicas dos alunos, sobretudo, pelo discurso dialógico. A partir das proposições das pesquisas, enfatizamos a centralidade da avaliação na articulação entre pensamento científico e linguagem por um enfoque linguístico, epistêmico e situado no ensino de ciências.
“…Muitos são os estudos que têm apresentado e discutido sobre as potencialidades do Ensino de Ciências por Investigação (EnCI) como uma abordagem didática (Sasseron, 2015) para o ensino e aprendizagem em Ciências, contribuindo para o desenvolvimento da Alfabetização Científica (AC) em sala de aula, a partir do engajamento dos estudantes em práticas das ciências (Carvalho, 2013;Sasseron, 2015;Barcellos;Coelho, 2019;Araújo, 2022). Ao pautar-se no EnCI como abordagem didática, se propõe um ambiente investigativo em sala de aula, de modo que os estudantes participem de forma ativa, analisando informações, construindo e testando hipóteses, avaliando e discutindo as ideias com os pares, buscando alternativas para a resolução do problema investigado.…”
Este artigo aborda o Ensino por Investigação (ENCI) como uma estratégia didática promissora para aprimorar o ensino de Ciências. O EnCI visa oportunizar a construção de conhecimentos dos estudantes, a partir da inserção didática, em práticas científicas, mas há uma falta de compreensão sobre como a construção colaborativa de Sequências de Ensino Investigativo (SEI) pode influenciar esse processo. O principal objetivo deste estudo é apresentar e discutir o processo de construção colaborativa de SEI, desenvolvidas em parceria com professores, e avaliar suas contribuições e desafios. Conduzimos uma pesquisa que envolveu a criação colaborativa de SEI em parceria com professores da educação básica. Os resultados revelam que a colaboração entre pesquisadores e professores desempenha um papel fundamental na construção de práticas de ensino às necessidades específicas de cada contexto escolar. Este estudo ressalta a eficácia do EnCI na promoção do desenvolvimento das habilidades dos estudantes. A colaboração entre pesquisadores e professores é um elemento chave nesse processo, destacando a importância de integrar teoria e prática na educação em Ciências. A pesquisa contínua sob o viés colaborativo e a implementação das SEI são fundamentais para fortalecer ainda mais o Ensino de Ciências por Investigação e sua aplicação em diferentes contextos educacionais.
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