Abstract:Neste artigo pretende-se contribuir para a compreensão do papel exercido pela dimensão simbólica na construção da realidade organizacional. Parte-se da apresentação de dados etnográficos que descrevem um caso ilustrativo de conflitos culturais no universo empresarial. Em seguida, são realizadas algumas reflexões teóricas a partir do caso apresentado. Nesse momento, procura-se: a) empreender uma breve revisão de literatura sobre a antropologia simbólico-interpretativa tomando como referência os trabalhos de Cli… Show more
“…O simbolismo organizacional permite, então, compreender as interações sociais entre os membros da organização, os sistemas de signos e símbolos que são criados e recriados nessas trocas e a forma como tudo isso cria a organização (MORGAN;FROST;PONDY, 1983;TURNER, 1990;JAIME JR., 2005).…”
Section: Os Simbolismos E As Redes Sociais Digitaisunclassified
Este artigo tem o objetivo de compreender a relação entre os usos do Facebook pelos membros do jornal on-line XYZ e as manifestações dos simbolismos organizacionais. Para contextualizar o caminho adotado para tratar do objetivo foram articuladas contribuições teóricas sobre interacionismo simbólico, interpretativismo e simbolismo organizacional. Tais contribuições baseiam a discussão de que a interação social, a comunicação e os usos do Facebook estão relacionados entre si no cotidiano organizacional. A partir dessa relação no cotidiano, diferentes grupos sociais elaboram construções simbólicas com o potencial de marcar o contexto organizacional. Parte-se do entendimento de que isso ocorre na medida em que os simbolismos construídos interferem nas articulações entre os próprios grupos sociais nas organizações. O método qualitativo norteou a abordagem empírica neste estudo. A coleta de dados foi realizada mediante pesquisa bibliográfica e documental, netnografia e entrevistas semiestruturadas. O tratamento dos dados se deu por meio da análise de conteúdo, na modalidade temática. Após a análise, observou-se que o Facebook é um canal de trocas simbólicas entre os sujeitos na organização, porém, nessa mídia, essas trocas são veladas. Evidenciou-se um entendimento compartilhado de que no Facebook há muita exposição e por isso as pessoas têm medo de postar informações pessoais ou sobre o trabalho, pois acreditam estar sendo vigiadas. Nesse contexto, outras redes sociais digitais também foram identificadas como veículo de troca de conteúdos simbólicos.
“…O simbolismo organizacional permite, então, compreender as interações sociais entre os membros da organização, os sistemas de signos e símbolos que são criados e recriados nessas trocas e a forma como tudo isso cria a organização (MORGAN;FROST;PONDY, 1983;TURNER, 1990;JAIME JR., 2005).…”
Section: Os Simbolismos E As Redes Sociais Digitaisunclassified
Este artigo tem o objetivo de compreender a relação entre os usos do Facebook pelos membros do jornal on-line XYZ e as manifestações dos simbolismos organizacionais. Para contextualizar o caminho adotado para tratar do objetivo foram articuladas contribuições teóricas sobre interacionismo simbólico, interpretativismo e simbolismo organizacional. Tais contribuições baseiam a discussão de que a interação social, a comunicação e os usos do Facebook estão relacionados entre si no cotidiano organizacional. A partir dessa relação no cotidiano, diferentes grupos sociais elaboram construções simbólicas com o potencial de marcar o contexto organizacional. Parte-se do entendimento de que isso ocorre na medida em que os simbolismos construídos interferem nas articulações entre os próprios grupos sociais nas organizações. O método qualitativo norteou a abordagem empírica neste estudo. A coleta de dados foi realizada mediante pesquisa bibliográfica e documental, netnografia e entrevistas semiestruturadas. O tratamento dos dados se deu por meio da análise de conteúdo, na modalidade temática. Após a análise, observou-se que o Facebook é um canal de trocas simbólicas entre os sujeitos na organização, porém, nessa mídia, essas trocas são veladas. Evidenciou-se um entendimento compartilhado de que no Facebook há muita exposição e por isso as pessoas têm medo de postar informações pessoais ou sobre o trabalho, pois acreditam estar sendo vigiadas. Nesse contexto, outras redes sociais digitais também foram identificadas como veículo de troca de conteúdos simbólicos.
“…Em termos empíricos, a implicação desse entendimento da dinâmica das representações sociais é que a investigação deve partir de um ponto em que os saberes aparentam ser "fechados" ou "acabados" para a busca, por evidenciar as relações fundamentais que constituem a zona "entre" o indivíduo e a sociedade na formação dos saberes dinâmicos, que compreende o domínio da cultura. Nos estudos organizacionais, o recurso teórico de se voltar para as representações sociais contribuiu para que determinados temas fossem tratados de uma maneira dinâmica, mediante o reconhecimento do papel dos grupos socais no processo de construção do cotidiano organizacional, com destaque para duas ênfases distintas: a) a representação como forma de conhecimento elaborado e partilhado através das manifestações sociais (JAIME JR 2002;CAVEDON;FACHIN, 2002;CAVEDON, 2004;2008;PIMENTEL et al, 2011; SILVA; CARRIERI; JUNQUILHO, 2011) e b) a representação como uma realidade psicológica, afetiva, inserida no comportamento dos indivíduos em face do ambiente social (ANDRADE et al, 2002;CRAMER;SILVA, 2002;CAPELLE, et al, 2004;TOLFO;PICCININI, 2007;CORREA et al, 2007).…”
Section: Representações Sociais E Culturaunclassified
O artigo busca compreender a construção de sentidos que desvalorizam grupos sociais específicos na cultura de pequenas organizações que compartilham espaços comerciais. A discussão proposta foi articulada em torno de um estudo sobre a construção de representações sociais no contexto de pequenas organizações reunidas em um centro comercial em Porto Alegre. Os dados foram coletados por meio de técnica da observação participante e de entrevistas não estruturadas e, em seguida, articulados a partir de uma análise etnográfica. Constatou-se que as organizações sofrem influência das representações circulantes na sociedade, para elaborar expectativas normativas no tocante aos interesses relacionados ao uso do seu espaço comum pelos grupos sociais. Tais interesses permitiram identificar dois grupos: "bons frequentadores" e "maus frequentadores", estes últimos associados à juventude e homossexualidade. A relação entre seus membros e as pessoas nas organizações leva à construção de representações sociais por vezes carregadas de significações negativas com impactos nas relações sociais e organizacionais estabelecidas naquele locus.
“…Portanto, o que essa abordagem preconiza, essencialmente, é que a cultura organizacional presta-se a diversas interpretações que podem ser diferentes de acordo com seus leitores, como funcionários, administradores, clientes etc. (JAIME JÚNIOR, 2005).…”
Section: Representações Sociais De Espaço E Tempounclassified
“…Em especial, destacam que, ao adotarmos métodos tradicionalmente utilizados na antropologia, estamos garantindo um caráter de complementaridade, mediante a busca do conhecimento sobre o homem no trabalho em suas diversas dimensões. Prosseguindo, os autores colocam essa abordagem, essencialmente antropológica, como um modo de superação da objetividade pura e simples, que pode até mesmo "cegar" o pesquisador (JAIME JÚNIOR;SERVA, 1994).…”
Section: Representações Sociais De Espaço E Tempounclassified
Este estudo busca desvendar aspectos da cultura organizacional de um restaurante, ponto turístico da cidade de Porto Alegre, compreendendo sua dimensão simbólica por meio das representações sociais que circulam em seu ambiente, notadamente no que tange às categorias espaço e tempo. Em virtude da complexidade do tema, foram utilizados conceitos e quadros de referência teóricos da antropologia e de outras ciências humanas. O Chalé da Praça XV é um patrimônio que se localiza no centro histórico da cidade, espaço antigo, valorizado no passado pela população e hoje considerado uma vítima da degradação urbana. O método etnográfico foi utilizado na identificação das representações que circulam nesse espaço. O trabalho de campo etnográfico foi conduzido no restaurante entre fevereiro e maio de 2008. Identificaram-se as representações de tempo e espaço elaboradas por clientes e funcionários do restaurante, e desvendaram-se as homogeneidades e as heterogeneidades de sua cultura organizacional. As categorias de análise estabelecidas evidenciam as heterogeneidades presentes em seu espaço como lugar antropológico. Por fim, apresentam-se algumas alternativas para que se pense a gestão do estabelecimento, considerando, entre outros aspectos, seu potencial turístico insuficientemente explorado.
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