2020
DOI: 10.18224/frag.v30i1.7381
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Um Resgate Às Tradições Culturais Brasileira – Estabelecendo Políticas Culturais

Abstract: O presente trabalho teve sua gênese nos estudos preparatórios para a investigação das inúmeras tradições existentes no Brasil que são originárias das três etnias formadoras da base do povo brasileiro – Indígena, Europeu e Africano. Como ponto de partida, procurou-se resgatar os principais adventos culturais, desde os anos 30 até a atualidade. Posteriormente, apresentar um breve conhecimento sobre as políticas públicas na área cultural. Na continuidade, de maneira bastante resumida, foram expostas 35 formas de … Show more

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“…O mapeamento de tais ações deve ter como foco os âmbitos da produção, da circulação e do consumo culturais (Grifos meus).Apesar de mais restrita, essa formulação também encontra eco no entendimento proposto. Combinada com a definição de García Canclini, sua aplicação aos contextos colonial, imperial e das primeiras três décadas da república permite reconhecer que há, em cada cenário, conjuntos de intervençõesque podemos qualificar como sendo de natureza cultural tanto no sentido estrito quanto latumovimentos contestatórios ao longo dos primeiros quatro séculos de formação do país, que se valeram de diversas práticas culturais, seja para disseminar suas ideias e atrair novos militantes, seja para reforçar sentimentos internos de pertencimento e afirmação 21 ).Tendo em vista que a reflexão sobre as origens da política cultural no Brasil que norteia o desenvolvimento deste trabalho diverge da literatura dedicada ao tema, apresento, a seguir, os argumentos centrais que fundamentam essa assertiva, não obstante destacando que não serão abordados com a necessária profundidade, o que implicaria uma análise mais extensa e pormenorizada do que a pretendida para a tese, cujo foco central será detalhado nos capítulos II e III.Vale pontuar que, embora não cheguem necessariamente a contestar o cânone em torno dos anos 1930, algumas reflexões que sinalizam para uma ampliação da cronologia estabelecida vêm sendo lançadas nos últimos anos(BARBALHO, 2009; MIRANDA, ROCHA, EGLER, 2014;CITÓ, 2017;PINTO, 2020).21 Novamente: o esforço dos atores institucionalizados hegemônicos ao longo das décadas seguintes por silenciar e eliminar as referências a esses movimentos não pode mais ser confundido com a sua inexistência, algo que os autores decoloniais têm se esforçado por explicitar.A base popular, na tentativa de sinalizar eventual presença (ou ausência ou interação) do povo, da população, da sociedade, do público na construção ou fruição dos efeitos dessa construção. A opção por adotar um percurso cronológico não envolve a tentativa de uma pretensa periodização definitiva das políticas culturais no Brasil, mesmo porque, valho-me de divisões da historiografia política tradicional para percorrer as diversas propostas, sem desconsiderar a necessidade de que essas divisões sejam revistas em função de outros atores históricos e estratégicos, até então muito pouco ouvidos.…”
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“…O mapeamento de tais ações deve ter como foco os âmbitos da produção, da circulação e do consumo culturais (Grifos meus).Apesar de mais restrita, essa formulação também encontra eco no entendimento proposto. Combinada com a definição de García Canclini, sua aplicação aos contextos colonial, imperial e das primeiras três décadas da república permite reconhecer que há, em cada cenário, conjuntos de intervençõesque podemos qualificar como sendo de natureza cultural tanto no sentido estrito quanto latumovimentos contestatórios ao longo dos primeiros quatro séculos de formação do país, que se valeram de diversas práticas culturais, seja para disseminar suas ideias e atrair novos militantes, seja para reforçar sentimentos internos de pertencimento e afirmação 21 ).Tendo em vista que a reflexão sobre as origens da política cultural no Brasil que norteia o desenvolvimento deste trabalho diverge da literatura dedicada ao tema, apresento, a seguir, os argumentos centrais que fundamentam essa assertiva, não obstante destacando que não serão abordados com a necessária profundidade, o que implicaria uma análise mais extensa e pormenorizada do que a pretendida para a tese, cujo foco central será detalhado nos capítulos II e III.Vale pontuar que, embora não cheguem necessariamente a contestar o cânone em torno dos anos 1930, algumas reflexões que sinalizam para uma ampliação da cronologia estabelecida vêm sendo lançadas nos últimos anos(BARBALHO, 2009; MIRANDA, ROCHA, EGLER, 2014;CITÓ, 2017;PINTO, 2020).21 Novamente: o esforço dos atores institucionalizados hegemônicos ao longo das décadas seguintes por silenciar e eliminar as referências a esses movimentos não pode mais ser confundido com a sua inexistência, algo que os autores decoloniais têm se esforçado por explicitar.A base popular, na tentativa de sinalizar eventual presença (ou ausência ou interação) do povo, da população, da sociedade, do público na construção ou fruição dos efeitos dessa construção. A opção por adotar um percurso cronológico não envolve a tentativa de uma pretensa periodização definitiva das políticas culturais no Brasil, mesmo porque, valho-me de divisões da historiografia política tradicional para percorrer as diversas propostas, sem desconsiderar a necessidade de que essas divisões sejam revistas em função de outros atores históricos e estratégicos, até então muito pouco ouvidos.…”
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