Este artigo propõe como objeto de estudo a relação da Educação Ambiental (EA) com a formação inicial docente. Nesse sentido, o estudo, do tipo estado da arte, objetiva analisar as principais características das pesquisas de EA na formação inicial docente, a partir do cenário das produções científicas (teses e dissertações), entre os anos de 2006 e 2016, envolvendo a EA no ensino superior. Para tanto, optou-se pela abordagem qualitativa, com base em pressupostos teórico-reflexivos, a partir do levantamento de dados na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Esse tipo de pesquisa é importante para evidenciar as temáticas mais focalizadas e as abordagens metodológicas e procedimentos mais empregados, bem como aponta para possíveis lacunas que ainda precisam ser exploradas. Seu quadro conceitual está baseado nas legislações que norteiam a EA no Brasil (Lei n. 9.795, 1999; MEC, 2012) e em autores que abordam questões sobre a formação inicial. Os principais resultados apontam que o enfoque metodológico descrito nas pesquisas é essencialmente qualitativo e os instrumentos são variados, com destaque para as entrevistas e questionários. Apesar do aumento significativo na amplitude de cursos pesquisados em relação à EA, há desafios, indicados pelas produções, como a fragmentação dos conteúdos, a formação que não promove a criticidade tão necessária à sociedade e a visão dominante ainda antropocêntrica, tradicional, naturalista, conservacionista e preservacionista dentro das universidades.