Esse trabalho buscou perceber a condição de semióforo dos amuletos resgatados do incêndio do Museu Nacional os significados que excedem sua materialidade, a forma de identificação e regate. Com objetivo de relacionar os amuletos e o escaravelho da múmia de Sha-Amun-en-su, item da coleção egípcia do Museu Nacional UFRJ, sob a ótica da teoria de semiófaros desenvolvida por Pomian e memoria como fenomeno social defendida por Halbwachs. Para a elaboração do estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em fontes primarias, bem como em artigos científicos, sites oficiais das instituições pesquisadas e canal do Youtube da UFRJ. Tal reflexão identifica a importância dos novos significados.Palavras-chave: coleção egípcia; Museu Nacional; significados; memória.
INTRODUÇÃO:Este texto aborda como a pesquisa tecnologica realizada pelos pesquisadores do LAPID (Laboratório de Processamento de Imagem Digital do Museu Nacional/UFRJ) na coleção egipícia do Museu Nacional UFRJ foi importante para indenficação de peças no regate após o incêndio.O resgate começou ainda no dia do sinistro, apesar da terrível perda, essas poucas ações de inventario utilizando a técnica de escaneamento 3D e tomografia desde início dos anos 2000 foram de suma importância para o reconhecimento de algumas peças. (Duarte, 2022, p.12) [1].Através desses procedimentos foi possível identificar oito amuletos que protegiam a múmia de Sha-Amun-en-su e o seu escaravelho, no caixão lacrado com a cantora-sacerdotisa Sha-amun-emsu, da dinastia do século XVII a.C. . Era um objeto dotado de grande estima pelo imperador D. Pedro II, um presente de Quediv.iIsmael (paxá egípcio-conhecido como Ismail, o Magnífico) (Chaves, 2019, p.212) [1].Importante ressaltar que a coleção egípcia teve início com D. Pedro I e foi ampliada por D. Pedro II, entretanto por um longo período (1826 a 1890) esta possuía apenas características de curiosidade (Chaves, 2019, p.23) [2].