O problema da oralidade (e de outros sistemas semióticos, outras linguagens) na escola inscreve-se em um conjunto de pautas silenciadas ou deixadas historicamente em plano acessório no currículo e nas práticas escolares. Neste ensaio, proponho discutir sobre tal problema com o propósito de: a) qualificar o estatuto da oralidade nos processos de escolarização e no percurso histórico de formação do ensino de língua portuguesa, na escola brasileira; e b) discutir sobre os novos lugares da oralidade nos currículos e nas práticas escolares, considerando o fenômeno mais recente de inserção da poesia Slam – como prática comunicativa e produto cultural de natureza multimodal – entre os muros da escola.