TV Brasil e a configuração da rede nacional de televisão pública na Região Sul

Abstract

Este artigo discute um dos princípios constitutivos da radiodifusão pública, a universalidade de acesso, a partir da análise da cobertura geográfica da rede nacional de televisão pública na Região Sul. Destaca que a região possui a segunda maior quantidade de emissoras públicas do país, 28 TVs Educativas, no entanto apenas quatro delas integram a rede pública liderada pela TV Brasil. O cenário indica que universalizar a cobertura ainda representa um desafio a ser superado pela TV Brasil quase uma década depois de sua implantação.

The Financing of TV Brasil: Limitation of Resources or Political Choice?

“…Managed by the EBC and initiated in December 2007, TV Brasil was the flagship of the public communications system to be developed. Constructing this system, however, required combining the country’s existing educational television stations, and this was not without its challenges and problems (Lopes, 2015a). The development of a public communications system was a part of the 1988 Constitution and represented the historical efforts of movements for the democratization of the communications system such as the Associação Brasileira das Rádios Comunitárias, Intervozes—Coletivo Brasil de Comunicação Social, the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, the Central Única dos Trabalhadores, the União Brasileira das Mulheres, the União Nacional dos Estudantes, the Movimento Negro Unificado, and the União de Movimentos Populares de Saúde e Direitos Humanos.…”

“…Although the Veja article was not explicit about TV Globo’s position on the matter, one should not forget that it began operating a year after the civil-military coup of 1964, a coup that the Organizaciones Globo explicitly supported. 6 Thus it stands to reason that the Organizaciones Globo, along with other hegemonic private media outlets, opposed the creation of public television, the goal of which was to democratize access to communication and knowledge (Lopes, 2015a). This support for the regime of exception allows us to infer that the journalist’s opposition to public television was congruent with the position of his employer.…”

práxis na atuação da ULEPICC-Brasil no Brasil pós-golpe

“…A essas investigações devemos acrescentar, dentre outros estudos: o estudo pioneiro de Dourado sobre jornalismo a partir da EPC (Dourado, Lopes e Marques, 2016); sobre televisão pública de Ivonete Lopes (2015), que hoje se dedica a uma relevante pesquisa sobre questão racial; de Carvalho (2012) sobre os conflitos em torno do modelo de televisão digital a ser adotado no Brasil; de Anderson Santos (2019) sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol, que atualmente desemboca numa Economia Política do Futebol; de Figueiredo (2019), por meio da EPC, a respeito da relação entre trabalho e comunicação, principalmente no jornalismo; sobre internet, convergência, televisão e plataformas digitais, desenvolvidos por Barreto (2018) Marques (2018); as intersecções, de interesse tanto epistemológico quanto empírico, entre EPC, teoria da crise e teoria marxista da dependência produzidas por Bastos (Bastos, Bernardi e Loncomilla, 2022).…”

Os primeiros 50 anos da TV em Santa Catarina: concentração geográfica da mídia televisiva

“…Entre os métodos utilizados neste trabalho, estão a pesquisa bibliográfica, embasada em Carlos Alberto de Souza (1999), Lopes (2015), Emerim e Cavenaghi (2014) e Cruz (1996); entrevistas semiestruturadas com dirigentes das emissoras e anotações pessoais dos autores, que acompanham a história da mídia catarinense desde a década de 1980. Todas as mudanças de gestão dessas emissoras estão registradas, embora não seja nosso objetivo tratar sobre os motivos para tais alterações societárias.…”