Trilha interpretativa: uma ferramenta à sensibilização

Abstract

O artigo objetivou investigar as percepções, reflexões e emoções demonstradas durante processo educativo de atividade realizada em trilha interpretativa para sensibilizar (TIS). Adotou-se pesquisa qualitativa com os métodos de observador participante e não participante na posição de voyeur. Os resultados apontam que a TIS atuou favoravelmente para sensibilizar o público alvo da pesquisa dentro dos objetivos propostos

No meio do caminho tinha um Pau-ferro, tinha um Pau-ferro no meio da Trilha Interpretativa do Horto da UESC

“…O conceito de resiliência (LUTHAR; CICCHETTI; BECKER, 2000) se consolida a partir da observação e sensibilização do visitante no meio ambiente natural (COTES, 2018;MMA, 2021). Espera-se, com a utilização das espécies resilientes e as demais, poder desenvolver uma maior consciência ecológica, a fim de possibilitar uma reflexão para reverter a crise ambiental da atualidade (MAFFESOLI, 2010;KOLBERT, 2015) e ainda ajustar o nosso olhar para o que Wandersee e Schussler (1999) chamam de "Cegueira Botânica", tendo em vista que muitas espécies, com as quais convivemos no nosso cotidiano, não são objetos de nossa atenção pela sua importância, incluindo aquelas resilientes.…”

“…A utilização do método IAPI resultou em uma trilha bem planejada, a qual oferece diferentes picos de atratividade, ao estimular a atenção do visitante durante todo o percurso, além de incentivar a capacidade de observação e a oportunidade de apreciar a área como um todo (MAGRO; FREIXÊDAS, 1998;MMA, 2021). Essas experiências vão propiciar várias leituras de uma mesma realidade ambiental, considerando a análise e a interpretação das diversas dimensões da paisagem, onde se tem a identificação de níveis de percepção ambiental, tanto individuais quanto coletivas, que determinam a gênese de imagens, representações, atitudes, procedimentos, atributos e valores relacionados à paisagem e aos seus lugares (LIMA, 1998;COTES;NASCIMENTO, 2020;OSBORNE et al, 2021).…”