Tratamento do câncer do colo do útero no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS): revisão sistemática

Abstract

O câncer do colo do útero (câncer cervical) é um tumor que ocorre a partir de alterações no colo do útero, sendo causado pela infecção persistente por alguns tipos de HPV, considerada a infecção sexualmente transmissível de maior incidência e prevalência no mundo que afeta milhões de mulheres. O objetivo principal do artigo é apresentar os aspectos relacionados ao tratamento do câncer do colo do útero no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado um estudo de revisão sistemática baseada nos critérios do método PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A busca foi realizada por meio de bibliotecas virtuais como Scielo e Portal Regional da BVS. Além disso, documentos e diretrizes do INCA. Através dos processos e critérios de elegibilidade dos estudos foi possível selecionar 12 artigos para composição e apresentação sistemática dos resultados. Os estudos mostraram que o processo de diagnóstico e tratamento do CCU no SUS apresentaram, inúmeros problemas como rastreamento ineficaz, erros na coleta de exame de prevenção, erros na leitura dos resultados, dificuldade de acesso ao tratamento (principalmente pelas mulheres com baixo nível socioeconômico), atrasos no tratamento e fragmentação dos serviços. Conclui-se que o Sistema Único de Saúde (SUS) apesar de disponibilizar de forma gratuita toda a linha de cuidado do câncer de colo de útero, ainda possui barreiras e desafios quanto ao acesso ao tratamento em tempo adequado e eficaz, necessitando assim de estratégias eficazes para o processo de rastreamento e tratamento do CCU.

In-hospital metrics for the Treatment of Cervical Cancer in Minas Gerais in 2021 – Time Series from 2012 to 2021.

“…[3] Existem dois tipos diferentes, o mais comum é o carcinoma de células escamosas, que afeta principalmente o epitélio escamoso, e o adenocarcinoma, que afeta o epitélio glandular. [4] Na histopatologia, lesões iniciais, geralmente assintomáticas, podem tornar-se cancerosas após 10 anos ou mais, progredindo através dos diferentes estágios da displasia. [5] Os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento do CC incluem a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais, predisposição genética, estado imunológico, baixo nível socioeconômico, uso prolongado de contraceptivos orais e tabagismo.…”

cauterização de alta frequência como meio de prevenção ao câncer do colo do útero

“…Ou seja, se Gráfico 2 -Distribuição dos Procedimentos adotados nas Intervenções para a Prevenção do Câncer do Colo de Uterino *Nota-se haver um decréscimo de exames alterados, pela retirada, como abandono de tratamento e gestantes.Com a cauterização ocorre a reepitelização do colo uterino fazendo desaparecer a superfície áspera de tom avermelhado para obter-se um colo com aspecto róseo, liso que não apresenta alteração da junção escamo-colunar (JEC) e ou estenose de canal cervical. presente estudo apresenta uma abordagem na atenção primária as alterações na saúde do colo uterino em uma unidade do SUS com baixo custo, o que pode ser apontado como solução aos problemas listados por de Mendonça et al7 , que afirmam fatores impactantes no rastreamento, coleta de exame de prevenção, erro de leitura dos resultados, dificuldade de acesso aos serviços especializados e atraso no tratamento.Em relação ao custo de tratamento do câncer do colo do útero, Silveira et al8 aponta que a taxa média de internação por esse motivo foi de 3,54 a cada 10.000 mulheres no Brasil, com gasto médio por internação de R$ 1.683,33, o que representa quatro vezes mais que o investidos em profissionais da saúde. Destaca-se ainda que das mulheres que passaram por internação 13.358 evoluíram para óbito em cinco anos, dados que não estão presentes na população estudada neste estudo devido ao tratamento preventivo adotado.…”