Tratamento Cirúrgico E Manejo Pós Operatório De Fenda Palatina Congênita Em Cão Braquicefálico – Relato De Dois Casos

Abstract

RESUMO A fenda palatina é uma das deformidades congênitas mais relatadas em cães e gatos. Consiste em uma comunicação anômala entre as cavidades oral e nasal envolvendo palato mole, duro, pré maxila e/ ou lábio que ocorre durante a embriogênese e muitas vezes pode ser diagnosticada somente após a manifestação de sintomatologia clínica. Pacientes com esta patologia podem apresentar pneumonia aspirativa e menor pressão para a sucção do leite materno levando ao retardo no desenvolvimento corporal e óbito do paciente. O presente trabalho descreve o manejo clínico cirúrgico de dois indivíduos portadores de fenda palatina primária e correlaciona com manejo de pós cirúrgicos realizados. As técnicas cirúrgicas utilizadas e as medicações prescritas possibilitaram um bom prognóstico e recuperação dos pacientes acometidos. PALAVRAS-CHAVE: fístula oronasal, malformação congênita, mucoperiósteo.

Palatoplastia e queiloplastia unilateral em neonato canino da raça Bulldog Inglês – relato de caso

“…As anomalias congênitas como a fenda palatina vão ocorrer entre os processos embriológicos, sendo o período mais crítico de desenvolvimento e fechamento do palato entre 25 e 28 dias de gestação em cães, provocando alterações morfológicas percebidas ao nascimento (CASTELETI, 2022, p. 8). Ainda não é possível afirmar quais as etiologias, mas consideram-se que o surgimento de fendas palatinas está intimamente ligado a características hereditárias (PARAGUASSU et al, 2019(PARAGUASSU et al, , p. 1446. No caso relatado o paciente possuía essa malformação desde o nascimento, caracterizando como uma causa congênita.…”

“…Sendo as abordagens mais usadas para a reparação desses defeitos a técnica de retalho bipediculado deslizante e sobreposição de retalho. Para o procedimento do presente caso foi escolhida a técnica de retalho bipediculado deslizante, considerando que essa é a técnica mais utilizada para a correção de fístulas palatinas centrais (VALVERDE, 2014, p. 44;PARAGUASSU et al, 2019PARAGUASSU et al, , p. 1449.…”

“…Após quatro dias da cirurgia do presente caso observou-se deiscência das suturas, isso pode ter ocorrido devido o paciente possuir poucas semanas de vida. Pois segundo Paraguassu (2019Paraguassu ( , p. 1448) a mucosa palatina de animais filhotes são menos delgadas e possuem uma menor queratinização das camadas mucosas para sustentar as suturas, ocasionando deiscência.…”