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INTRODUÇÃOA mitomicina C (MMC), antimetabólito alquilante, atua ligando-se ao DNA, acarretando ligações anômalas e quebras em sua estrutura, inibindo a mitose, a síntese protéica e levando à morte celular (1) . Inicialmente, foi utilizada como terapia adjuvante após exérese de pterígio (2) . Chen em 1983 foi quem primeiro relatou o seu emprego em cirurgias antiglaucomatosas (3) . A partir de então, vários estudos evidenciaram que seu uso no per-operató-rio reduz a cicatrização da ferida cirúrgica (4)(5)(6) . Após a introdução da MMC na trabeculectomia (TREC), o sucesso no controle da pressão intra-ocular (Po) a longo prazo aumentou consideravelmente, com redução da falência da bolsa fistulante (7)(8) .A eficácia da MMC associada à cirurgia antiglaucomatosa depende de sua concentração, do tempo e da forma de exposição (9)(10)(11)(12) . O uso da MMC resulta, na maioria das vezes, na ocorrência de uma bolsa avascular (isquê-mica), difusa e grande, o que explica, em parte, sua efetividade. Porém, seu uso está associado a maior índice de complicações, como hipotonia (causada por hiperfiltração, descolamento de coróide ou vazamento de humor aquoso), atalamia, câmara anterior rasa, catarata, endoftalmite, phthisis bulbi, etc (7)(8)(13)(14)(15)(16) .Trabeculectomia com mitomicina C em pacientes com glaucoma congênito refratário Objetivo: Relatar os resultados do uso de mitomicina C (MMC) na cirurgia do glaucoma congênito refratário. Métodos: 44 olhos de 30 pacientes com glaucoma congênito primário refratário, submetidos a trabeculectomia com MMC entre 1993 e 2002 no Serviço de Glaucoma do Hospital São Geraldo, foram estudados retrospectivamente, por meio de análise dos prontuários com seguimento mínimo de seis meses. Resultados: A média de Po reduziu-se de 21,7± 7,2 mmHg no pré-operatório para 12,2±6,8 mmHg no tempo médio de acompanhamento pós-operatório de 42,8 meses (p<0,001). A complicação registrada foi a hipotonia crônica (Po<6 mmHg) em quatro olhos (9,1%), um deles com vazamento de humor aquoso pela bolsa fistulante (teste de Seidel positivo). Não se detectou relação estatisticamente significativa entre a incidência de complicações e o sexo (p=0,14), idade à época da cirurgia (p=0,65), Po pré-operatória (p=0,29), número de colírios no pré-operatório (p=0,39) e número de cirurgias prévias (p=0,94). Conclusão: O uso de MMC na cirurgia fistulante do glaucoma congênito primário mostrou-se eficaz na redução da Po, porém, a incidência de hipotonia ocular pós-operatória foi alta. RESUMODescritores: Trabeculectomia/métodos; Mitomicina/uso terapêutico; Glaucoma/congêni-to; Glaucoma/cirurgia; Pressão intra-ocular/efeito de drogas
INTRODUÇÃOA mitomicina C (MMC), antimetabólito alquilante, atua ligando-se ao DNA, acarretando ligações anômalas e quebras em sua estrutura, inibindo a mitose, a síntese protéica e levando à morte celular (1) . Inicialmente, foi utilizada como terapia adjuvante após exérese de pterígio (2) . Chen em 1983 foi quem primeiro relatou o seu emprego em cirurgias antiglaucomatosas (3) . A partir de então, vários estudos evidenciaram que seu uso no per-operató-rio reduz a cicatrização da ferida cirúrgica (4)(5)(6) . Após a introdução da MMC na trabeculectomia (TREC), o sucesso no controle da pressão intra-ocular (Po) a longo prazo aumentou consideravelmente, com redução da falência da bolsa fistulante (7)(8) .A eficácia da MMC associada à cirurgia antiglaucomatosa depende de sua concentração, do tempo e da forma de exposição (9)(10)(11)(12) . O uso da MMC resulta, na maioria das vezes, na ocorrência de uma bolsa avascular (isquê-mica), difusa e grande, o que explica, em parte, sua efetividade. Porém, seu uso está associado a maior índice de complicações, como hipotonia (causada por hiperfiltração, descolamento de coróide ou vazamento de humor aquoso), atalamia, câmara anterior rasa, catarata, endoftalmite, phthisis bulbi, etc (7)(8)(13)(14)(15)(16) .Trabeculectomia com mitomicina C em pacientes com glaucoma congênito refratário Objetivo: Relatar os resultados do uso de mitomicina C (MMC) na cirurgia do glaucoma congênito refratário. Métodos: 44 olhos de 30 pacientes com glaucoma congênito primário refratário, submetidos a trabeculectomia com MMC entre 1993 e 2002 no Serviço de Glaucoma do Hospital São Geraldo, foram estudados retrospectivamente, por meio de análise dos prontuários com seguimento mínimo de seis meses. Resultados: A média de Po reduziu-se de 21,7± 7,2 mmHg no pré-operatório para 12,2±6,8 mmHg no tempo médio de acompanhamento pós-operatório de 42,8 meses (p<0,001). A complicação registrada foi a hipotonia crônica (Po<6 mmHg) em quatro olhos (9,1%), um deles com vazamento de humor aquoso pela bolsa fistulante (teste de Seidel positivo). Não se detectou relação estatisticamente significativa entre a incidência de complicações e o sexo (p=0,14), idade à época da cirurgia (p=0,65), Po pré-operatória (p=0,29), número de colírios no pré-operatório (p=0,39) e número de cirurgias prévias (p=0,94). Conclusão: O uso de MMC na cirurgia fistulante do glaucoma congênito primário mostrou-se eficaz na redução da Po, porém, a incidência de hipotonia ocular pós-operatória foi alta. RESUMODescritores: Trabeculectomia/métodos; Mitomicina/uso terapêutico; Glaucoma/congêni-to; Glaucoma/cirurgia; Pressão intra-ocular/efeito de drogas
Objetivo: Avaliar a eficácia e eventual incidência de complicações desta cirurgia. Métodos: Realizou-se estudo prospectivo para o qual foram selecionados pacientes com idade de 59±9,5 anos, que apresentavam piora do campo visual, da escavação do disco óptico e/ou descontrole dos níveis pressóricos. Foram operados 11 pacientes, 82% eram portadores de glaucoma primário. Estabelecemos como critérios de sucesso: redução sustentada da pressão intra-ocular, igual ou abaixo de 30% da pressão intra-ocular pré-operatória. Resultados: A pressão pré-operatória de 24±7, passou para 12,6±3,7 após a cirurgia e o número de medicações caiu de 2,2±1,0 para 0,5± 0,5 (p<0,005). Discussão: Atualmente não dispomos de muitas formas eficazes de se salvar a bolha que já foi funcionante. O agulhamento pode ser uma alternativa, porém não demonstra taxa de sucesso satisfatória a longo prazo. A Revisão de Simmons, no tempo por nós estudada, denota abaixamento sustentado e significativo da pressão intra-ocular. 64% alcançaram pressão intra-ocular menor que 14 mmHg. Conclusão: A revisão interna de Simmons é um procedimento seguro e eficaz para recuperar as bolhas hipofuncionantes. INTRODUÇÃODiversas técnicas cirúrgicas e drogas têm sido usadas na tentativa de melhorar os resultados da trabeculectomia.Existem alguns fatores que aumentam o risco de falência da cirurgia antiglaucomatosa, tais como: raça negra, idade abaixo de 40 anos, pseudofacia ou afacia, trabeculectomia prévia não funcionante, glaucoma secundário a uveíte e neovascular (1)(2)(3)(4) , uso de mióticos por mais de 18 meses (4) e simpaticomiméticos por mais de 6 meses (4) . Com o aparecimento dos agentes moduladores da cicatrização, o 5-fluorouracil (5FU) e a mitomicina-C (MMC), houve melhora do prognóstico cirúrgico das trabeculectomias, especialmente nos pacientes com mais de um fator de risco (2)(3) . Tanto a MMC quanto o 5FU têm melhorado o resultado das trabeculectomias (4) , apesar de aumentarem as complicações pós-operatórias (3)(4) . Quando a eficácia destes 2 agentes moduladores é comparada, estudos demonstram que a MMC tem maior capacidade de proporcionar menor pressão intra-ocular (PIO) pós-operatória, com uma maior taxa de sucesso cirúrgico. A menor toxicidade corneal e o uso de uma aplicação única intraoperatória tornou a MMC mais popular e utilizada em olhos com pior prognóstico cirúrgico, quando comparada com o 5FU (3,5) . Segundo um artigo que avalia risco e sucesso, somente 26% dos pacien-
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