“…Os serviços de teleatendimento, considerados vitais para o desenvolvimento das empresas na nova estrutura da produção e da economia, tornaram-se viáveis graças à junção das tecnologias da telefonia e da informática. Tem sido constatado que uma regra no setor é a incorporação de princípios neotayloristas, baseados em formas de controle exacerbadas do tempo e das interações (Jackson Filho & Assunção, 2006), trazendo prejuízos evidentes à saúde dos trabalhadores e a necessidade de intervenção pública por parte da fiscalização. Em razão das dificuldades encontradas pela auditoria fiscal do MTE para fazer com que as empresas operadoras de centrais de atendimento e de relaciona-mento com clientes implantassem as medidas técnicas preconizadas na NR-17, levando-se ainda em conta diversas demandas sindicais dos trabalhadores, a CNE discutiu em vários eventos e reuniões, desde 2002, o impacto das novas tecnologias sobre a atividade dos trabalhadores em contato telefônico.…”
The pandemic of the new coronavirus (SARS-CoV-2) has brought theoretical and
practical challenges in the scientific and social fields, intensifying already
existing problems, such as the relationship between working conditions and the
health of the working class. Workers are key players both in the control and the
spread of the disease, and especially those in the healthcare sector since they
are necessarily in contact with other people. Therefore, the present article
aimed to reflect, from an occupational health perspective, on the guidelines of
the Brazilian Ministry of Health, expressed in publications on the clinical
management of suspected, confirmed, or influenza-like cases, and the
recommendations for the protection of workers who are in charge of treating the
2019 novel coronavirus disease. The present analysis highlighted the importance
of the development of more comprehensive measures by the State that are in line
with the reality of many workers in the context of the pandemic, thus
transcending the prescriptive, biological, and individual character that
disregards the social determinations that guide the possible care measures.
“…Os serviços de teleatendimento, considerados vitais para o desenvolvimento das empresas na nova estrutura da produção e da economia, tornaram-se viáveis graças à junção das tecnologias da telefonia e da informática. Tem sido constatado que uma regra no setor é a incorporação de princípios neotayloristas, baseados em formas de controle exacerbadas do tempo e das interações (Jackson Filho & Assunção, 2006), trazendo prejuízos evidentes à saúde dos trabalhadores e a necessidade de intervenção pública por parte da fiscalização. Em razão das dificuldades encontradas pela auditoria fiscal do MTE para fazer com que as empresas operadoras de centrais de atendimento e de relaciona-mento com clientes implantassem as medidas técnicas preconizadas na NR-17, levando-se ainda em conta diversas demandas sindicais dos trabalhadores, a CNE discutiu em vários eventos e reuniões, desde 2002, o impacto das novas tecnologias sobre a atividade dos trabalhadores em contato telefônico.…”
The pandemic of the new coronavirus (SARS-CoV-2) has brought theoretical and
practical challenges in the scientific and social fields, intensifying already
existing problems, such as the relationship between working conditions and the
health of the working class. Workers are key players both in the control and the
spread of the disease, and especially those in the healthcare sector since they
are necessarily in contact with other people. Therefore, the present article
aimed to reflect, from an occupational health perspective, on the guidelines of
the Brazilian Ministry of Health, expressed in publications on the clinical
management of suspected, confirmed, or influenza-like cases, and the
recommendations for the protection of workers who are in charge of treating the
2019 novel coronavirus disease. The present analysis highlighted the importance
of the development of more comprehensive measures by the State that are in line
with the reality of many workers in the context of the pandemic, thus
transcending the prescriptive, biological, and individual character that
disregards the social determinations that guide the possible care measures.
“…Os avanços do uso da tecnologia em saúde aumentaram exponencialmente desde meados do século XX, com efeitos sobre os sistemas de saúde, tanto em qualidade da atenção, como em aspectos econômicos (SOUZA, 2016;JACKSON FILHO, 2020;ASSUNÇÃO, 2020).…”
<strong>Introdução</strong>: os desafios decorrentes da propagação da Covid-19 têm promovido uma aceleração do uso das ferramentas tecnológicas. A conectividade digital se estabelece ainda mais nos hábitos diários, especialmente no trabalho em saúde. <strong>Objetivo</strong>: Descrever as fragilidades e potencialidades do trabalho fonoaudiológico em ambiente virtual, em tempos de pandemia da Covid-19. <strong>Metodologia</strong>: estudo transversal, de abordagem quali-quantitativa. Participaram desta pesquisa 32 fonoaudiólogos inscritos no Conselho Regional de Fonoaudiologia 4ª Região, com atuação no Estado da Bahia. Utilizou-se um questionário online no Google Forms como instrumento de coleta de dados. Os resultados foram tabulados em planilha eletrônica Excel. Os dados categóricos foram resumidos por meio de frequência absoluta (n) e relativa (%). <strong>Resultados</strong>: acerca das fragilidades, 65,6% referiram-nas como referentes ao manuseio de ferramentas tecnológicas e plataformas digitais; 87,5% referiram resistência do paciente em aderir ao tratamento fonoaudiológico diante da mudança do modo presencial para o teleatendimento, ocorrendo o abandono da assistência fonoaudiológica. Quanto às potencialidades, têm-se a manutenção da assistência fonoaudiológica mesmo durante o isolamento social, comodidade do profissional devido a não locomoção e principalmente dos pacientes, cuja moradia é distante dos serviços de saúde; maior flexibilidade nos horários de reuniões virtuais, aumento da frequência de contato com o usuário e maior participação da família no atendimento fonoaudiológico. <strong>Conclusão</strong>: apesar das fragilidades observadas, as potencialidades encontradas no trabalho virtual permitiram a manutenção da assistência fonoaudiológica a pacientes, mesmo em tempos de pandemia. Portanto, a tecnologia mostra-se como uma forte aliada no atendimento à saúde.
“…Sabemos que os transtornos mentais relacionados ao trabalho têm se destacado por sua alta incidência em diversas categorias profissionais, tais como a dos bancários (JACQUES; AMAZARRAY, 2006;LIMA, 2000;BRESCIANI, 1999;SEGNINI, 1999), a dos trabalhadores em teletrabalho (RAMALHO et al, 2008;VILELA;ASSUNÇÃO, 2004;LUCCA;CAMPOS, 2010;JACKSON FILHO;ASSUNÇÃO, 2006), a dos professores (NEVES, 1999;PAPARELLI, 2009), entre outras. Essa constatação é duramente vivida no cotidiano de sindicatos, que, muitas vezes, não sabem ao certo como proceder diante do volume grande de pessoas que os procuram com esse tipo de questão.…”
Este relato de experiência apresenta uma proposta desenvolvida por uma parceria entre o Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, desde 2008, no campo da saúde mental relacionada ao trabalho. Esta ação que tem se revelado promissora tanto para os trabalhadores diretamente envolvidos, quanto para o sindicato: os grupos de enfrentamento do desgaste mental no trabalho bancário. Os grupos têm como objetivos principais: desenvolver atividade de acolhimento das pessoas com desgaste mental que procuram o sindicato; compreender o processo de adoecimento no interior das trajetórias de vida e trabalho dos participantes, considerando o momento atual de reestruturação produtiva no setor bancário; contribuir com a construção de ações individuais e coletivas de enfrentamento. O resultado da experiência evidencia a potencialidade de um trabalho como esse quanto à possibilidade de compreensão do processo de adoecimento, bem como quanto à identificação de fatores de desgaste mental na categoria bancária. Além disso, os demais objetivos foram alcançados, intensificando a presença da discussão sobre saúde mental e trabalho no cotidiano do sindicato.
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