Toxicidade de Substâncias Isoladas de Simarouba versicolor St. Hil. (Simaroubaceae) para Formigas Cortadeiras Atta sexdens L. (Hymenoptera: Formicidae) e para o seu Fungo Simbionte Leucoagaricus gongylophorus (Singer) Möller

Abstract

Toxicidade de Substâncias Isoladas de Simarouba versicolor St. Hil. (Simaroubaceae) para Formigas Cortadeiras Atta sexdens L. (Hymenoptera: Formicidae) e para o seu Fungo Simbionte Leucoagaricus gongylophorus (Singer) Möller RESUMO -O controle de formigas cortadeiras através da aplicação de inseticidas sintéticos pode ocasionar efeitos adversos ao meio ambiente, às populações de insetos não-alvo e à saúde do homem. Os produtos de origem vegetal, tóxicos aos insetos, representam uma alternativa viável de controle, uma vez que podem ser mais seletivos, além de apresentarem menor poder residual. Em vista disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a toxicidade de extratos brutos, partições e substâncias isoladas de Simarouba versicolor St. Hil. (Simaroubaceae) para operárias de Atta sexdens L. (Hymenoptera: Formicidae) e seu fungo simbionte, Leucoagaricus gongylophorus (Singer) Möller. A toxicidade para as formigas foi determinada por meio de bioensaios por ingestão, enquanto que para o fungo simbionte, foi avaliado o desenvolvimento do mesmo em meio de cultura contendo os extratos vegetais. As frações diclorometânicas dos extratos metanólicos de S. versicolor mostraram atividade biológica para as formigas e para seu fungo simbionte. A partir dessas frações foram isolados dois alcalóides, 4,5-dimetóxicantin-6-ona e 5-metóxicantin-6ona, sendo o primeiro tóxico somente para o fungo simbionte e outro para o fungo e a formiga. Os triterpenóides isolados de outros extratos de S. versicolor não mostraram efeito deletério para as formigas cortadeiras ou para o fungo simbionte.

Toxicity of plant extracts from Bahia, Brazil, to Atta sexdens sexdens workers (Hymenoptera: Formicidae)

“…The quassinoids, the most active substances used in traditional medicine, is the main chemical components of S. amara and present inhibitory effect (Fiaschetti et al, 2011). Simarouba versicolor was toxic to cutting-ants at concentrations of 2.0, 1.6 and 0.3 mg.mL 1 (Peñaflor et al, 2009). Species of Casearia genus present therapeutic properties and active substances as diterpenes, called casearins (Bento et al, 2013).…”

“…(Almeida et al, 2007), Simarouba versicolor St. Hil. (Peñaflor et al, 2009), Jatropha curcas L. and Ricinus communis L. (Alonso & Santos, 2013) S 50 = average survival. Letters after the value of S 50 showed significant differences according to the "log-rank test" (b = 0.01<p<0.05).…”

“…The leaf-cutting ant [(Atta sexdens Forel) (Hymenoptera: Formicidae)] has attracted the attention of researchers (Zanetti et al, 2003) and studies have been developed to searching for plants with toxic substances to this pest (Peñaflor et al, 2009;Gouvêa et al, 2010). The toxicity is due to secondary metabolites in plant that can be toxic to ants, to its fungus (Morais et al, 2015) or to both.…”

An Interesting Relationship between the Insecticidal Potential of Simarouba sp. in the Biology of Diamondback Moth

“…The Simaroubaceae family is composed of 32 genera, constituting of approximately 250 species of shrubs and trees, and some Simarouba species have been reported to possess insecticidal and repellent activity. For example, S. amara Aubl., used as a repellent against larvae of the mosquito Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) [36], and S. versicolor showed clear activity against the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa, Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae), and antifungal activity against the symbiotic fungi Leucoagaricus gongylophorus (Möller) Singer (Agaricales, Agaricaceae) and Rhodnius milesi (Hemiptera: Reduviidae) [37][38][39]. Phytochemical studies on major compounds from S. versicolor A. St-Hill, including quassinoids, triterpenoids, alkaloids, steroids, and coumarins, have mainly concentrated on stem, branches, fruits, and bark [39,40].…”

“…For example, S. amara Aubl., used as a repellent against larvae of the mosquito Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) [36], and S. versicolor showed clear activity against the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa, Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae), and antifungal activity against the symbiotic fungi Leucoagaricus gongylophorus (Möller) Singer (Agaricales, Agaricaceae) and Rhodnius milesi (Hemiptera: Reduviidae) [37][38][39]. Phytochemical studies on major compounds from S. versicolor A. St-Hill, including quassinoids, triterpenoids, alkaloids, steroids, and coumarins, have mainly concentrated on stem, branches, fruits, and bark [39,40]. Quassinoid compounds are almost exclusive to Simaroubaceae, and are considered taxonomic markers of the group [41].…”