Este artigo relaciona o processo de wayfinding com a teoria do Comportamento Informacional Humano -CIH (Human Information Behavior) considerando a necessidade de resolução de um problema espacial. Para tanto, inicialmente são apresentados conceitos sobre cognição espacial e as etapas de aquisição do conhecimento espacial como integrante do processo de wayfinding. São então descritos alguns aspectos sobre orientação espacial em ambientes hospitalares e na sequência são exemplificados os tipos de artefatos gráficos-informacionais que podem compor sistemas de wayfinding. A necessidade como impulsionadora da busca por informação introduz a explanação sobre a teoria do CIH, a qual é sintetizada no modelo global do comportamento informacional. Tal modelo é então aplicado a partir de um breve levantamento de informações com usuários de hospitais, buscando assim entender o comportamento dos usuários quando necessitam de informação para resolver um problema espacial. Como resultado depreende-se que a aplicação da teoria do comportamento informacional humano pode, potencialmente, fornecer subsídios para definição de requisitos de design para o desenvolvimento de sistemas de wayfinding a partir da perspectiva do usuário.
IntroduçãoEncontrar um local, seja em um edifício ou em um parque, exige certas habilidades e conhecimentos que permitem a correta orientação espacial. A necessidade de orientação e localização é diária para um grande número de pessoas, no entanto, em ambientes como os hospitais, a busca por informações que as auxiliem nem sempre é profícua. Levando-se em conta que o crescimento populacional faz com que os ambientes hospitalares precisem ser remanejados e ampliados (Jacobson, 2009;Jeffrey, 2011) pensar o wayfinding como um sistema torna-se importante. Além disso, vale destacar que tais sistemas podem afetar a experiência do paciente e do visitante, melhorar a produtividade dos colaboradores e agregar valor proporcionando vantagem estratégica para o negócio (Jacobson, 2009). Isso porque o fornecimento de informações (e.g. visuais, táteis, sonoras) auxiliam no processo de orientação espacial possibilitando segurança e autonomia aos indivíduos.