Toward a theoretical model of misophonia

Treating the Initial Physical Reflex of Misophonia With the Neural Repatterning Technique: A Counterconditioning Procedure

“…There is a great need for fundamental research on misophonia as well as research to validate assessment instruments and establish empirically-validated treatments (Webber & Storch, 2015). Misophonia research seems to be limited by a lack of interested professors and by institutes who have committed research tracks for various neurological and psychological conditions.…”

Misofonia: Quando o som não embala mas abala

“…A princípio, esse fenômeno foi identificado por audiologistas, mas recentemente ele começou a ser encontrado na literatura clínica psicológica 10 . Há uma proposta de inclusão da misofonia como um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); no entanto, há uma diferença entre essas duas condições, visto que, no TOC, as obsessões causam aflição, ansiedade e algumas vezes aversão, que são aliviadas pelas compulsões, enquanto que na misofonia, a resposta primária ao som gatilho é raiva e aversão, que são aliviadas pela remoção desse som 6,10 . A maioria da literatura existente sobre a misofonia foca na analogia dessa condição com o zumbido, pela aparente similaridade geral entre eles 2,7 , no entanto, esta difere do zumbido em um aspecto crucial, que é o fato dela ser desencadeada por sons e situações produzidas externamente, ao contrário do zumbido, que foca em sons abstratos percebidos internamente pelo indivíduo…”

“…Indivíduos com misofonia são sensíveis a específicos tipos de sons gatilhos, que usualmente são reconhecidos desde a infância e tendem a ser sons triviais, que podem ser produzidos por outras pessoas, animais ou por má-quinas 4 . Os misofônicos geralmente relatam ansiedade, pânico e raiva quando expostos a esses sons gatilhos, o que compromete suas tarefas cotidianas e interfere em suas interações sociais Existem poucos estudos que podem contribuir para o desenvolvimento de um modelo teórico para entender a misofonia e os fenômenos relativos a ela, bem como o seu tratamento 6 . Este artigo tem como objetivo revisar a literatura sobre esta condição e suas implicações, diagnóstico e possíveis tratamentos, numa perspectiva atual.…”

“…Existem sons que podem irritar a maioria das pessoas, no entanto para alguns indivíduos, estes causam uma reação emocional intensa, como aversão ou ódio, podendo levar inclusive a um comportamento agressivo 8 . Os fatores que contribuem para as diferenças individuais na severidade das respostas e na natureza dos sons gatilhos ainda não são exatamente claros, mas sabe-se que a extensão da reação do paciente com misofonia dependerá do seu status emocional e da existência de outros fatores associados que podem induzir um estado emocional negativo, como por exemplo dor ou sintomas vestibulares 4,6,7 . Esses fatores afetam diretamente o sistema límbico e o sistema nervoso autonômico, que são os centros responsáveis por induzir uma reação negativa e aumentar a sensibilidade e a reação aos sons 7 .…”

“…Existe informação limitada em relação a tratamento e mínima evidência válida para eficácia do tratamento da misofonia 3 . Uma complicação significante em identificar tratamentos para a misofonia diz respeito à falta de uma estrutura teórica e etiológica coerente sobre esse fenômeno 6 . Os poucos estudos publicados sobre o tratamento dessa condição apresentam limitações de escopo, metodologia e tamanho de amostra 4 .…”