Graduação em andamento em Filosofia (2013), Universidade de São Paulo. USP, São Paulo, SP -Brasil.Resumo: O presente artigo procura elucidar aspectos da noção de negatividade em três autores. Inicia-se pela consideração à filosofia hegeliana, demonstrando que a atenção dada ao negativo por este último, ainda que central, não culmina numa radicalização da noção de negatividade, tendo, pois, seu escopo central na pregnância da mesma estrutura hegemônica da filosofia ocidental, a ideia de identidade e totalidade. Em seguida, investigaremos a radicalização da noção em Sartre, através da absolutização da experiência negativa sem possiblidade de síntese, ou reconciliação (como no pensamento hegeliano). Por fim, situaremos Freud como um autor que também radicaliza a noção do negativo. Através da breve exposição sobre a interpretação da religião, o psicanalista pode revelar uma concepção de homem marcado pela insuficiência, e o desamparo, isto é, uma concepção negativa.
Palavras-chave:Negatividade; cisão e desamparo; totalidade e síntese; Hegel; Sartre; Freud.
Abstract:This article aims to show aspects of the notion of negativity in three authors. It begins with Hegel's philosophy and elucidates that the attention given to the negativity by this author is central, but it does not finish in the radicalization of the negativity notion. Thus, in Hegel, the negativity remains in the same hegemonic structure of the western philosophy, namely the ideas of identity and totality. Next, we will investigate the radicalization of the notion of negativity in Sartre. Through the absolutization of negative experience, without possibility of synthesis or reconciliation (as in Hegelian thought). In the end, we will locate Freud as an author who also radicalizes the negativity notion. Through a brief exposition on the interpretation of religion, the viennese psychoanalyst can show his conception of the human being. And this man is marked by failure and helplessness; this is, a negative conception.