OBJETIVO: verificar correlação entre método quantitativo e qualitativo de avaliação da profundidade do palato duro. MÉTODO: participaram da pesquisa 74 crianças, com dentição mista, submetidas à avaliação fonoaudiológica e odontológica que incluiu moldagem do arco dental maxilar para confecção dos modelos de gesso usados para posterior mensuração. Para análise quantitativa mediu-se largura e profundidade do palato duro ao nível dos primeiros molares, cujos valores foram utilizados para o Índice de Altura Palatina. Assim, os palatos duros foram classificados em baixo, médio ou alto. A avaliação qualitativa foi efetuada por inspeção visual dos modelos de gesso por três fonoaudiólogas com experiência em Motricidade Orofacial. A profundidade dos palatos duros foi classificada em reduzida (palato baixo), normal (palato médio) ou aumentada (palato alto). Como resultado considerou-se o consenso de ao menos duas avaliadoras. Para análise dos dados verificou-se a frequência de classificações e aplicou-se o Teste de Correlação Gamma. RESULTADOS: a partir da avaliação quantitativa observou-se maior frequência de palatos médios (55,4%), seguidos de palatos baixos (39,2%) e palatos altos (5,4%). Pelo método de avaliação qualitativo a maioria dos palatos duros foram considerados palatos altos (51,4%), seguidos de palatos médios (43,2%) e palatos baixos (5,4%). Teste de Correlação de Gamma resultou em 0,6212 (p<0,05), indicando correlação moderada. CONCLUSÃO: a correlação entre os métodos de avaliação da profundidade do palato duro apresentou-se moderada. Na avaliação qualitativa houve tendência em considerar os palatos mais profundos do que indica o método quantitativo. Sugere-se que ambas as formas de análise sejam utilizadas na prática clínica.