This art of psychoanalysis: Dreaming undreamt dreams and interrupted cries

Abstract

It is the art of psychoanalysis in the making, a process inventing itself as it goes, that is the subject of this paper. The author articulates succinctly how he conceives of psychoanalysis, and offers a detailed clinical illustration. He suggests that each analysand unconsciously (and ambivalently) is seeking help in dreaming his 'night terrors' (his undreamt and undreamable dreams) and his 'nightmares' (his dreams that are interrupted when the pain of the emotional experience being dreamt exceeds his capacity for dreaming). Undreamable dreams are understood as manifestations of psychotic and psychically foreclosed aspects of the personality; interrupted dreams are viewed as reflections of neurotic and other non-psychotic parts of the personality. The analyst's task is to generate conditions that may allow the analysand--with the analyst's participation--to dream the patient's previously undreamable and interrupted dreams. A significant part of the analyst's participation in the patient's dreaming takes the form of the analyst's reverie experience. In the course of this conjoint work of dreaming in the analytic setting, the analyst may get to know the analysand sufficiently well for the analyst to be able to say something that is true to what is occurring at an unconscious level in the analytic relationship. The analyst's use of language contributes significantly to the possibility that the patient will be able to make use of what the analyst has said for purposes of dreaming his own experience, thereby dreaming himself more fully into existence.

Narrativas interativas sobre o cuidado materno e seus sentidos afetivo-emocionais

“…Não é raro que tais escritos sejam alvo de críticas quanto à sua fidedignidade, sobretudo no âmbito da pesquisa, embora a vertente psicanalítica defenda seu uso como instrumento legítimo e privilegiado de comunicação de vivências emocionais (Ogden, 2005a;Spence, 1994).…”

“…Do ponto de vista das possibilidades de comunicação do encontro clínico, Ogden (2005a) argumenta que a realidade daquela experiência não poderá ser apreciada pelo leitor, a menos que os fatos clínicos sejam devidamente transformados em ficção. Na impossibilidade de testemunhar o encontro analítico, o leitor seria convidado a viver uma nova experiência, por meio da leitura do relato construído pelo analista-narrador: [...] quando lemos um relato escrito de uma experiência com um paciente, o que estamos lendo não é a experiência em si, mas a criação de uma nova experiência (literária) pelo analista que (aparentemente) escreve a experiên-cia que ele teve com o analisando (Ogden, 2005a, p.110).…”

“…Tanto o romance (Lhosa, 2006) como o escrito psicanalítico (Ogden, 2005a) partem do drama humano e ganham a confiança do leitor sem jamais abandonar a matéria-prima da qual são feitos -a vida. Longe da utopia do retrato fiel, a narrativa que se pretende rigorosa na comunicação de uma experiência humana mantém sua afinação com as muitas vozes que a compõem, afastando-se definitivamente do devaneio de uma Psicologia que Politzer (1928Politzer ( /1975 tanto criticava.…”

“…As narrativas, aqui tomadas como trabalho psicológico sobre a matéria-prima do viver (Ogden, 2005b), serão consideradas não apenas como expressão de um indivíduo mas, parafraseando Politzer (1928Politzer ( /1975, como o próprio eu em ato.…”

“…Ouvindo a música e não somente a letra dessas histórias interativas (Spence, 2003;Ogden, 2005a), pretendemos captar os campos dramáticos que sustentam a produção imaginativa dos participantes, em seu conjunto, segundo sua ressonância afetivo-emocional no grupo de pesquisa. Assim instaurado o diálogo imaginativo entre pesquisadores e participantes, a captação de campos de sentidos afetivo-emocionais terá lugar, sendo aqui compreendida como o tratamento psicanalítico que daremos aos nossos dados.…”