“…Seria possível, nesse caso, fazer analogias entre a retomada do tema da morte nos últimos escritos de Paul Ricoeur, marcada por sua valorização do imaginário e dos sentidos coletivos dados à perda do outro, com as críticas de Catroga a qualquer pressuposição de inautenticidade dos ritos coletivos que, em sua devida historicidade, configuram práticas de tradução da experiência do luto (RICOEUR, 2012, p. 1-51;CRÉPON, 2013). É interessante notar, no caso do filósofo francês, que mais de um autor já identificou no tema da luta contra certo imaginário da morte o fundamento central de La mémoire, l' histoire, l'oubli, que retomava de escritos anteriores um diálogo crítico com a tendência supostamente solipsista presente na ontologia fundamental heideggeriana (WORMS, 2013; CRÈPON, 2013, p. 88) 24 .…”