The Surgical Treatment of Megaesophagus and Megacolon

Abstract

The effect of Chagas’ disease on the digestive tract is evaluated based on the experience acquired in the surgical management of 929 cases of megaesophagus: 807 in the nonadvanced state of the disease and 122 with dolichomegaesophagus. The 807 subjects with nonadvanced megaesophagus were submitted to wide esophagocardiomyectomy on the anterior esophagogastric junction combined with an antirefl·ux valvuloplasty procedure. There was no mortality. On the other hand, dolichomegaesophagus was always resected, with an esophagogastroplasty through the esophageal bed. The index of mortality of the series was 4.1% (5/122) and the main postoperative complications were pleural effusion (22.1 %) and fistula of the esophagogastric anastomosis (8.2%). Over the long term the patients adapted well to the operation and gained weight. For the treatment of the megacolon, an easier technique has been employed: resection of the dilated sigmoid colon and colorectal anastomosis just above the anorectal ring. In 30 patients, no leakages, infection or other major complications were seen. The patients, after 1 year of follow-up, had a normal bowel transit.

Resultados tardios da operação de Heller associada à fundoplicatura no tratamento do megaesôfago: análise de 83 casos

“…Disfagia intensa e persistente, desde o pós-operatório imediato geralmente, está associada a falha técnica na confecção da miotomia e/ou fundoplicatura, desde que a operação tenha sido indicada corretamente 3,4,10,11 . Nessas condições, suspeita-se de miotomia insuficiente e/ou fundoplicatura realizada sob tensão, o que dificulta o esvaziamento do esôfago.…”

“…No paciente submetido a fundoplicatura e miotomia também esse seguimento deve ser regra, pois a ocorrência de câncer também está descrita nesses doentes 3,7,11,16,19 , como pudemos observar em nossa casuística, já que dois (2,4%) doentes desenvolveram câncer do esôfago na evolução pós-operatória, dois e quatro anos após a cirurgia. O uso do lugol é descrito como forma de detecção precoce da neoplasia, porém, não foi empregado em nenhum de nossos casos.…”

“…Após a miotomia praticou-se sempre fundoplicatura, a qual entre 1977 e 1991 constou da fundoplicatura posterior, com pontos ancorados às margens da miotomia (técnica de Lind), que foi praticada em 69 (83,1%) pacientes. Desde 1991, passou-se a praticar fundoplicatura em três planos 3,4 , realizada em 13 (15,7%) pacientes. Um paciente (1,2%) foi submetido à fundoplicatura anterior 5 .…”

Aspectos técnicos da esofagocardiomiotomia com divulsão para o tratamento cirúrgico do megaesôfago chagásico não avançado

“…São descritos excelentes resultados para o tratamento cirúrgico do MC não-avançado, com a téc-nica da MIEC associada a esofagofundogastropexia, sem recidiva da disfagia [3][4][5][6] . Entretanto, alguns autores apontam índices de recorrência da disfagia que variam de 8 a 17,1 % 7,12 .…”

“…Após ter sido conhecida a fisiopatologia da doença, acalásia do esfíncter inferior do esôfago (EIE), a cirurgia é, de longe, o procedimento terapêutico com melhores resultados, quando comparada à dilatação com balão [2][3][4] . A destruição do EIE, por meio da esofagocardiomiectomia (MIEC) ou da esofagocardiomiotomia (MIO), promove a melhora da disfagia na quase totalidade dos casos de MC incipiente e MC não-avançado [5][6][7] , reservando o tratamento dilatador para casos selecionados de pacientes sem condições cirúrgicas por causa do elevado grau de desnutrição 7,8 . O objetivo deste trabalho é apresentar uma modificação na técnica operatória utilizada para o tratamento cirúrgico do MC, graus I, II e III (classificação de Ferreira Santos) 8 , que consiste numa variante da cirurgia inicialmente proposta por Heller e, posteriormente, modificada por Mattos 9,10 .…”