As mulheres durante as fases pré e pós-menopausa apresentam carência de estrogênio, o que acarreta diversos sintomas, destacando os vasomotores, principalmente os fogachos. Existem diversos tratamentos de reposição hormonal para o controle dessas manifestações clínicas, dentre eles, terapias com a espécie medicinal Trifolium pratense L., conhecida popularmente como trevo-vermelho ou Red clover. No Brasil, existem fitoterápicos desta espécie registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e descritos no Memento terapêutico e no Formulário de Fitoterápicos como um coadjuvante terapêutico no tratamento do climatério. Este trabalho é uma revisão integrativa e narrativa de estudos clínicos randomizados com T. pratense no controle dos fogachos em mulheres nos períodos de pré e pós-menopausa. A pesquisa de literatura foi realizada nas bases: Cochrane, CINHAL, LILACS, MEDLINE, PsycINFO e Web of Science empregando os descritores: “Trifolium pratense”, “clinical trial” e “hot flashes”. Foram analisados 7 artigos; em 3 (três) estudos, houve diferença significante na redução dos episódios de fogachos quando comparados com os grupos placebo, no entanto estes apresentavam problemas metodológicos, como falta de padronização dos fitoterápicos e tamanho amostral inadequado. Estudos demonstram a necessidade de uma microbiota intestinal especifica para transformação das isoflavonas na sua forma ativa S-equol. Dessa forma, concluiu-se que produtos de Trifolium pratense podem ser alternativas no controle dos fogachos principalmente para pacientes que possuem restrição ao uso de estrogênio, com a ressalva de avaliar se a paciente apresenta bactérias produtoras de S-equol, sendo necessários estudos clínicos randomizados para validação dessa espécie vegetal no controle desse sintoma vasoativo.