“…Alguns estudos (Abrantes, 2003;Croll, Attwood, Fuller & Last, 2008;Parreiral, 2015;Perrenoud, 1995;Santos, 2007;Teixeira, 2010;Wonglorsaichon, Wongwanich & Wiratchai, 2014) evidenciam que o sentido que os alunos atribuem ao seu trabalho escolar não é dado à partida, mas antes se constrói a partir de uma cultura, valores e múltiplas representações. Constrói-se nas relações, interações e ações que os alunos estabelecem com o saber, com os outros (professores, colegas e família) e com a própria escola, dando forma à identidade social do aluno, que não decorreria apenas da mera inserção na condição de estudante, socialmente consagrada e, por isso, com lugar reservado na sociedade, mas que decorre também da forma como o "ofício de aluno", usando a expressão de Perrenoud (1995), é exercido e da própria classificação escolar correspondente.…”