“…Para nos afastarmos da atitude de que o uso dos documentos é um exercício literal apenas para a obtenção de informações intencionalmente criadas por aqueles que os registraram, necessitamos abordá-lo como um corpo de textos (da mesma forma como os antropólogos e folcloristas fazem com os contos, mitos, etc.) e estar atentos para o fato envolvendo a interação entre indígenas americanos e europeus faça excelente uso de documentos e evidências materiais de forma combinada, visando a examinar não apenas resistência, mas também construções intencionais de identidade cultural pelos indígenas (e.g., Bradley, 1987;Bragdon, 1988;Brenner, 1988;Crosby, 1988;Hamell, 1983Hamell, , 1987Merrell, 1988Merrell, , 1989. 18 Talvez o clamor para permanecer um pré-historiador diante da evidência textual derive do que parece ser uma preocupação subjacente de que, acrescentando os documentos a essa equação, se adote uma abordagem crítica não realmente necessária, uma vez que a evidência material é, de certo modo, mais direta que os textos e, portanto, mais confiável, necessitando menos análises críticas.…”