O presente estudo tem como objetivo identificar os efeitos psicossociais da gestação precoce entre as adolescentes cadastradas em uma Unidade de Saúde da Família de Belém do Pará. MÉTODO: Caracteriza-se como um estudo transversal, observacional e unicêntrico, envolvendo 30 que engravidaram com idade entre 10 e 19 anos.O protocolo de pesquisa refere-se a um questionário desenvolvido pelos pesquisadores contendo 21 questões de múltipla escolha que abordaram o perfil sociodemográfico, bem como as consequências psicossociais, conhecimento sobre os métodos contraceptivos e principais sentimentos decorrentes da gravidez. Para a análise estatística foram utilizados os Testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de Pearson para associação e T-Student, com p<0,05. Os dados foram registrados no Pacote Offive 2010 e processados no sistema StatisticPackage for Social Sciences (SPSS) versão 22.0, todos em ambiente Windows 7. RESULTADOS: A média das idades das jovens adolescentes foi de 16,3 anos (DP=1,46). No tocante às repercussões sociais, identificou-se uma elevada taxa de evasão escolar (90%) e de permanência no mercado de trabalho (70%). No que se refere às consequências psicológicas, a preocupação quanto ao seu futuro (73,33%) e ao futuro da criança (60%), bem como a ansiedade (73,33%) foram os principais sentimentos referidos pelas jovens. Pôde-se ainda avaliar quanto a educação sexual e reprodutiva percebe-se que ainda é abordada de modo incipiente pela escola (26,67%). CONCLUSÃO: Conclui-se que as repercussões resultantes da gravidez precoce são muito impactantes, de forma positiva ou negativa, para o desenvolvimento psicossocial da mulher, podendo ser determinantes para as suas vidas.