El pueblo evangélico. Construcción hegemónica, disputas minoritarias y reaccion conservadora

Abstract

La política evangélica latinoamericana puede verse, en términos laclauianos, como una construcción del pueblo. Construcción del pueblo evangélico como minoría con demandas y voz propia en un continente "católico" de estados laicos. Construcción evangélica del pueblo nacional, en contextos en los que los evangélicos ya se consideran una fuerza sociopolítica con aspiraciones hegemónicas. Sin embargo, esta doble narrativa se ha complicado en los últimos años en los mares agitados de la llamada ola conservadora. Desde Brasil reverbera una alianza notable entre la extrema derecha política, el neoliberalismo y la élite evangélica parlamentaria y pastoral, lo que problematiza seriamente las expectativas de un impacto pluralista de la presencia pública evangélica.

Conservadorismo na política no governo Bolsonaro: novas articulações, valores religiosos e pauta de costumes

“…Revista Cultura y Religión, 17, 1-29 na confecção de seus símbolos, na encenação de motociatas inspiradas em Mussolini, entre vários outros aspectos que temos visto recentemente no cenário político do Brasil. Essa perspectiva se aproxima do populismo (Burity, 2020;Cesarino, 2019) conforme veremos adiante. Invertendo as expectativas, por conta da resistência de instituições brasileiras contra o avanço dos chamados atos antidemocráticos, instaurando inquéritos e fechando canais em redes sociais, conforme visto acima nos inquéritos do STF e da Procuradoria Geral da República, esses mesmos movimentos têm reivindicado a liberdade de expressão, no caso, liberdade de reivindicar o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso, e de ameaçar as autoridades que as contrariem (G1, 07 de setembro de 2021).…”

“…Revista Cultura y Religión, 17, 1-29 Marcha da Família Cristã pela Liberdade e pelo Foro Conservador Cristão do Brasil. Burity (2020) analisa o comportamento político recente dos evangélicos no Brasil. O temor diante do avanço feminista e LGBT nas políticas públicas teria produzido um processo de mobilização reativa que desencadeou a adesão de parte significativa dos evangélicos a Bolsonaro.…”

Shame as an Ethical Category for an Integrative Diaconia in Brazil

“…Faced with long-standing discrimination and relegation to a supposedly foreign import considered illegitimate, the trajectory of gradual conquest of space and recognition by evangélico churches contributed to the emergence of a "Pentecostal people" that is aware of its role and its weight in the political balance (Burity 2020). The anti-culturalism and invisibility of the "tupiniquim [i.e., typically Brazilian] Protestantism" (de Alencar 2005) gave way to the "Gospel explosion" (Cunha 2009) and to the monumentalism of the Universal Church of God's Kingdom (Gomes 2011), culminating in the construction of the so-called Temple of Solomon in São Paulo that was inaugurated in 2014 with a massive attendance of members drawn from the highest political positions.…”

Conservadorismo religioso na política brasileira: A discreta presença da teologia política calvinista na esfera pública

“…Conforme observamos nas instituições analisadas, as conexões transnacionais são fundamentais para o mapeamento desse conservadorismo, e do modo como se desloca nos planos locais e globais, e, consequentemente, como reverberam essas ideias, como são adaptadas e de que modo agregam novos atores sociais. Burity (2020Burity ( , 2021 apresenta quatro formas de ocupação religiosa do espaço público no Brasil: a institucional-hierárquica, pela Igreja Católica; a político-partidária, pelos evangélicos pentecostais; a ecumênico-inter-religiosa, pelos cristãos progressistas associados a espíritas e outras religiões; e a da culturalização, em que se destacam as religiões afro-brasileiras. Neste artigo, apresentamos mais um aspecto a ser considerado: a importância da via teológica para pensamos a atuação de atores sociais no espaço público.…”