O objetivo deste artigo é analisar a possibilidade de contribuição ambiental por meio da alteração da matriz energética do setor industrial de ferro-gusa e aço. Para a medição das emissões de CO2 dos combustíveis utilizados, nesse setor, foi usado o método top-down, proposto pelo IPCC. Além disso, a partir dos dados de consumo energético, foi realizada a quantificação das emissões de CO2 supondo a mudança da matriz energética desse setor para efeito de comparação das emissões. Os resultados deste estudo indicam que o coque de carvão mineral é responsável por 44,5% do total de dióxido de carbono emitido por esse setor. Da mesma forma, se fosse possível utilizar somente um combustível na indústria de ferro-gusa e aço, para suprir sua demanda energética, as emissões de CO2 seriam menores para os combustíveis gasosos, líquidos e o alcatrão e outras fontes secundárias do petróleo. Apesar de o estudo ter indicado que o carvão vegetal é o segundo maior emissor de CO2 do setor, o mesmo pode contribuir para a redução do aquecimento global, desde que este energético seja proveniente de matas de reflorestamento destinadas para a atividade industrial.