Terapia cognitiva: aplicabilidade da técnica “pense saudável”

Abstract

A terapia cognitiva foi desenvolvida por Aaron Beck, na década de 1960, a partir da atuação com pacientes com diagnóstico de depressão. O princípio da terapia cognitiva é que o humor e os comportamentos negativos são resultado de pensamentos distorcidos e rígidos. Isso faz com que os pacientes se comportem como se a situação fosse pior do que realmente é. A intervenção psicoterápica baseada na terapia cognitiva pressupõe que o paciente participe ativamente tanto do processo de terapia quanto da prevenção de recaída e que se torne seu próprio terapeuta. Nas sessões iniciais, os pacientes não compreendem o potencial da terapia na promoção de mudanças, mas ao longo do tratamento isso é evidenciado. No Brasil, o início do desenvolvimento da terapia cognitiva data do final da década de 1980. Atualmente, mais de 300 ensaios clínicos controlados atestam sua eficácia. O presente artigo apresenta o caso clínico de Laura, estudante de fisioterapia, que alcançava resultados ruins quando avaliada por apresentações orais ou provas. As situações eram evitadas ou enfrentadas com intenso medo ou ansiedade. A técnica “pense saudável”, sistematizada com base em conceitos de promoção de saúde, qualidade de vida, tomada de decisão e terapia cognitiva, foi adaptada de acordo com a conceituação específica do problema.

Cognitive behavioral therapy adapted for patients with acromegaly

“…The "Think healthy and feel the difference" protocol, adapted for patients with acromegaly, was applied in nine weekly group sessions. Therapy sessions were designed according to the basic principles of CBT: brief approach, structured sessions, active participation in treatment, psychoeducation, education on difficulties, written records, decision making for healthy behaviors, emotional regulation, psychotherapeutic process, and application in a group setting (A.T. Beck, 1963;Knapp & Beck, 2008;Ferreira de Lima & Kunzler, 2017;Kunzler, 2015;Padesky, 1994).…”

“…In addition to adapting the technique to address concerns regarding the physical appearance of patients with acromegaly, the technique has also been improved and adapted for use with different disorders and situations: oral presentation and oral/written tests (Kunzler, 2015), and management of pain in rheumatic diseases (Ferreira de Lima & Kunzler, 2017).…”

“…It evaluates thinking patterns, identifies and restructures distorted thoughts, and creates coping mechanisms (Ferreira de Lima & Kunzler, 2017;Knapp & Beck, 2008). Learning outcomes are recorded using a therapy notepad, which can be reviewed in future situations (Kunzler, 2015). Psychoeducation generates hope and improves therapy effectiveness (Knapp & Beck, 2008).…”