Terapêutica anti-hipertensiva em doentes diabéticos

Abstract

Terapêutica anti-hipertensiva em doentes diabéticos RESUMO Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial são entidades clínicas que se associam frequentemente num mesmo doente; juntas exercem um efeito sinérgico provocando, entre outras, deterioração acelerada da função renal e um aumento do risco cardiovascular.A tensão arterial no doente diabético deve ser rigorosamente controlada de modo a atingir valores inferiores a 130/80 mmHg. Objectivos: Análise das classes farmacológicas de anti-hipertensores mais indicadas no tratamento do diabético hipertenso. Métodos: Revisão bibliográfica incluindo tratados de referência e artigos recentemente publicados nas áreas da Diabetologia e Hipertensão Arterial. Conclusões: Os anti-hipertensores de primeira linha deverão ser os inibidores da enzima de conversão da angiotensina I, devido aos seus efeitos protectores renais e cardiovasculares, ou os antagonistas dos receptores de angiotensina II, caso haja intolerância ou contra-indicação aos primeiros. A estes podem-se associar diuréticos tiazídicos em baixa dose. Numa segunda linha do arsenal terapêutico temos os β-bloqueantes e os bloqueadores dos canais de cálcio. Os diuréticos de ansa, agentes centrais e α-bloqueantes são fármacos de terceira linha a ser empregues face a casos de hipertensão arterial resistente às classes anteriores e/ou em casos específicos.

Análise da associação entre diuréticos tiazídicos e o desenvolvimento do diabetes mellitus do tipo 2 / Analysis of the association between thiazide diuretics and the development of type 2 diabetes mellitus

“…Além disso, a hipótese dos autores da causa que leva a hiperglicemia não é o potássio, e sim a atividade aumentada da Angiotensina II em decorrência do uso de DT. Antônio (2008) Dentre as atividades realizadas na atenção farmacêutica, estão o acompanhamento da farmacoterapia, análise da prescrição, intervenção pelo profissional farmacêutico e parecer técnico a outros membros da equipe multidisciplinar no que diz respeito a otimização do tratamento do paciente. Como discutido a hipocalemia é um efeito adverso dos diuréticos e esse marcador pode ser monitorado através de exames laboratoriais pelo farmacêutico, sendo possível identificar a diminuição dos níveis de potássio de maneira precoce e com isso adequar o tratamento para evitar o desenvolvimento de hiperglicemia e possível desenvolvimento de DM2, seja por meio de associação com diuréticos poupadores de potássio ou por escolha de outra classe terapêutica.…”

Resultados negativos associados ao uso de medicamentos em idosos com hipertensão e diabetes em Unidade Básica de Saúde de São Paulo / Negative outcomes associated with medication in elderly with hypertension and diabetes in a Basic Health Unit of São Paulo

“…A relação de hipertensão e diabetes acometendo o mesmo paciente é outro importante aspecto a ser considerado. Segundo António et al 9 um paciente diabético tem três vezes mais chance de ter hipertensão arterial se comparado com a população normoglicêmica. O aumento do volume plasmático, lesão da parede vascular, hiperinsulinemia e a nefropatia são alguns dos fatores que explicam a maior frequência do aumento da pressão arterial no paciente com manifestação sintomática de diabetes 10,11 .…”