A literatura científica amplamente documenta os impactos psicossociais em indivíduos enlutados por suicídio de familiares. Sofrimentos como raiva, desesperança, tristeza e preocupações cotidianas são observados, destacando a importância da assistência aos sobreviventes como medida de saúde pública para reduzir novos casos. Neste estudo qualitativo e observacional, investigam-se os impactos psicossociais do suicídio em familiares de vítimas em uma cidade do sudeste goiano. Três familiares foram entrevistados utilizando um roteiro semiestruturado, e a análise de conteúdo revelou cinco categorias finais: a) a biografia da vítima e as relações interpessoais; b) o antes, durante e depois do suicídio; c) o luto e a reorganização dos sobreviventes; d) o estado atual dos sobreviventes e e) a assistência pública psicossocial. Em conclusão, propomos um modelo de atendimento adequado para a rede pública de assistência.