“…Esta região, chamada comumente de Tríplice Fronteira, é reconhecida por três grandes presenças: as Cataratas do Iguaçu, cujas quedas podem ser vistas tanto do lado brasileiro quanto do lado argentino, que atrai turistas de todas as partes do continente por conta de sua exuberância; a zona comercial desenvolvida na intersecção entre Brasil e Paraguai, que estão ligados pela ponte da Amizade, que mobilizada centenas de milhares de pessoas todos os meses a procura de produtos baratos, na sua maioria eletroeletrônicos; a hidrelétrica binacional de Itaipu (Brasil e Paraguai), uma das maiores construções da engenharia brasileira e ponto de atenção não só pelo seu potencial energético, mas também de visitação. A condição de fronteira dá a esta região um forte dinamismo econômico e cultural, fazendo circular pessoas e coisas, e produzindo processos societários que tem sido objeto de investigação de muitos pesquisadores (Rabossi, 2004;Albuquerque, 2010;Gimenez-Beliveau e Montenegro, 2010). Dentre esses processos tem chamado à atenção as dinâmicas religiosas (Montenegro e Pinto, 2008;Mallimaci e Gimenez-Beliveau, 2010; Procópio e Silva, 2017), que ainda ocupa papel insipiente dentre os estudos disponíveis.…”