“…Em uma revisão de escopo recente, evidenciou-se três modelos de intervenção pela Telemedicina: ampliar a disponibilidade de recursos da terapia intensiva; intervenções que melhoram a adesão aos protocolos de segurança do paciente, com melhores práticas e maior qualidade; e, por último, intervenções de Telemedicina que facilitam a transferência de pacientes entre unidades diferentes(GUINEMER et al, 2021).Nas análises, encontrou-se um relato de dois casos, apresentando como um cardiologista através da Telemedicina auxiliou médico intensivista responsável pelos pacientes a realizar dois diagnósticos através da ecocardiografia à beira do leito, um de tamponamento cardíaco, o outro de embolia pulmonar, evidenciando como a Telemedicina potencializou uma ferramenta utilizada à beira do leito com auxílio do especialista(MOHAMMED SHEATA et al, 2021). Dessa forma, um modelo de Tele-UTI bastante aplicado é o de "tele-round", realizado por ondas diárias, executadas por médico intensivista remotamente por Telemedicina nas UTIs assistidas(NORITOMI et al, 2021).Em um estudo realizado em cinco hospitais do golfo arábico, avaliou-se o impacto da Telemedicina em Terapia Intensiva comparando-se com grupo controle, evidenciando-se redução na taxa de mortalidade, no tempo de permanência, na taxa de reintubação, taxas de readmissão, taxa de úlcera por pressão adquirida no hospital e taxa de alta contra orientação médica (AVDALOVIC; MARCIN, 2018).Uma coorte retrospectiva avaliou cerca de 150 mil pacientes entre os anos de 2010 e 2020 dos hospitais do Cleverland Clinic Health System, evidenciando uma redução da mortalidade no grupo de pacientes com Tele-UTI do que no grupo sem Tele-UTI(UDEH et al, 2022). Outro estudo multicêntrico realizado na Alemanha, avaliando a influência da Telemedicina em pacientes de UTI com sepse e choque séptico, acompanhando pacientes por 12 meses, evidenciou uma boa adesão às metas das primeiras 3 horas e nas primeiras 6 horas estabelecidas pelo Surviving Sepsis Campagny.…”