O processo de cuidar e educar em saúde pode ocorrer por meio de instrumentos, dentre eles, as Tecnologias Educacionais; que favorecem participação dos usuários, contribuem para a cidadania e desenvolvem a autonomia. A transição demográfica gerou mudanças no perfil populacional mundial. Assim, o envelhecimento é considerado um processo dinâmico e complexo com mudanças que influem na qualidade de vida do indivíduo. No Brasil, ocorre de maneira rápida e intensa e apesar de ser um aspecto positivo, traz demandas relacionadas à reorganização da Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde. Esse estudo teve como objetivo construir e validar uma tecnologia educacional sobre saúde bucal para idosos inseridos na Atenção Primária a Saúde do município de Belém – Pará. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foi realizado estudo metodológico em cinco fases: diagnóstico situacional, revisão bibliográfica, construção da tecnologia, validação e revisão. Participaram do estudo, 23 profissionais da área da saúde, 13 de outras áreas e 82 idosos vinculados a Unidade Municipal de Saúde Benguí II para o levantamento do diagnóstico situacional, sendo que destes, 17 participaram da validação. Após a construção do guia, passou por validação de conteúdo, aparência e semântica, respectivamente; e após análise, o guia educativo foi aprovado pelos Índices de Validação correspondentes para cada público-alvo. A tecnologia educacional sobre saúde bucal para idosos, mostrou-se um instrumento válido e adequado para ser distribuído aos profissionais da atenção básica e ao público-alvo, sendo instrumento eficaz para fornecer informações valiosas sobre saúde e, também, age como ponte de diálogo.