Este texto propõe uma reflexão sobre metodologias do fazer etnográfico e da produção teatral contemporânea atravessados entre si. O exercício parte da experiência em campo na ocupação Teatro de Contêiner, gerida pela Cia Mungunzá no território da Luz, centro de São Paulo. A Cia, afetada pelo convívio com as pessoas locais e questões que emergem deste encontro, deixa verter o processo íntimo na forma e conteúdo da peça Epidemia Prata (2018). A Peça traz à tona perspectivas caras à etnografia como alteridade e nos convida, enquanto sociólogos, ao exercício da atenção sensível presente no fazer artístico.