A tuberculose assola a humanidade desde os primórdios como grande problema de saúde global, impactando cerca de 10 milhões de pessoas a cada ano e sendo uma das dez principais causas de morte em todo o mundo. Tratamentos eficazes iniciaram em 1940. No Brasil, é um importante problema de saúde pública influenciado pelos determinantes sociais. A Organização Mundial da Saúde lançou o programa End TB Strategy visando acabar com a epidemia da TB no mundo até 2035. O tratamento eficaz da TB reúne uma combinação de antimicrobianos com atividade contra o M. tuberculosis, como a associação de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. No entanto, devido ao esquema posológico extenso, há uma baixa adesão do paciente ao tratamento, aumentando os riscos de morbidade, mortalidade e resistência microbiana aos medicamentos. Assim, associações em dose fixa combinada (DFC) simplificam o esquema terapêutico e favorecem a adesão dos pacientes ao tratamento. Porém, um dos desafios para o desenvolvimento de medicamentos em DFC para o tratamento da tuberculose é manter a qualidade da DFC até o fim de validade pelos estudos de estabilidade comprovados conforme a RDC 318/2019 da ANVISA. Este trabalho visa refletir sobre a problemática dos produtos de degradação na DFC e contribuir para observância de melhores métodos indicativos de estabilidade.