Introdução: A cromoblastomicose (CBM) é uma micose por implantação fúngica na pele, de evolução crônica, causada pela inoculação traumática de fungos dematiáceos. Objetivos: identificar a partir de uma análise na literatura os antifúngicos e as associações terapêuticas mais utilizados no tratamento, assim como, determinar as doses eficazes. Métodos: a pesquisa foi realizada a partir de uma revisão integrativa, com busca eletrônica de artigos nas bases de dados SCIELO, PUBMED, BVS e CINHHL através de descritores, "farmacoterapia da CBM", "doses e associações terapêuticas" no período de 2011 a 2021. Resultados e discussão: os principais antifúngicos utilizados no tratamento da CBM foram: Itraconazol (ITZ) em doses terapêuticas de 200 a 400 mg/dia, Terbinafina (TBF) de 150 a 1000 mg/dia e Posaconazol (PCZ) 400 a 800 mg/dia. Nas combinações antifúngicas, observou-se que ITZ + TBF foi a mais sugerida entre os artigos avaliados. Os dados mostraram que o ITZ e TBF foram utilizados por um período de 6 a 12 meses com boa resposta clínica. O PCZ pode ser uma opção de tratamento nas formas graves e refratárias, apesar de seu uso nesta patologia ainda se encontra limitado devido ao seu alto custo. Conclusão: CBM é uma micose negligenciada e difícil tratar, especialmente nas formas clínicas mais graves. O ITZ entre os antifúngicos estudados é o mais eficaz tanto em teste de suscebilidade in vitro como em situações clínicas. A interação medicamentosa entre ITZ+TBF é a mais eficiente entre os artigos avaliados na literatura, tornando uma alternativa terapêutica.