“…SegundoBandeira e Rubio (2011), a mídia começou a retratar a mulher como corpos sexualizados, exibindo-as em biquíni, a partir dos anos 80. De acordo comFortes (2014), apesar do primeiro título mundial no WQS 7 ser de uma mulher florianopolitana, a história do surfe em Florianópolis é retratada pela mídia através dos campeões masculinos. Andréa aponta que existem vivências diferentes: É o que eu sinto, uma grande pressão sim, mas óbvio que tem casos diversos assim, teve muitas vezes que eu fui surfar sozinha e conheci homens [...] que me ajudaram, que me apoiaram, que sei lá, me deram algum tipo de ajuda, que tipo assim de apoio né, porque com certeza tem homem assim que em vez de reprimir a presença feminina eles vão ao contrário, vão apoiar, prestigiar, sei lá como se diz, mas a maioria não, a maioria vai reprimir ou vai tipo, é, tá mais interessado é, em tipo "Ai, ver uma mulher de biquíni, tal e com uma prancha", mas sem realmente se importar se ela vai surfar ou não.Já Deborah relata que não teve essa percepção de repressão dentro do surfe, mas sim vindo de pessoas de fora da prática: "já superei isso, mas no início foi difícil assim, eu ficava me perguntando bastante, tipo se valeria a pena continuar me engajando".Silvana também abordou esse assunto, e disse que, apesar de não terenfrentado dificuldades, por ser de um local em que o surfe é a atividade de lazer mais procurada, observa o receio que suas amigas têm ao iniciarem essa prática: O número de mulheres é bem mais reduzido que o de homens, sabe?…”