Introdução: Na parede lateral de cada cavidade nasal, existem três conchas nasais nomeadas conforme sua posição: superior, média e inferior. Eventualmente, pode existir uma quarta concha (de Santorini), conhecida como concha nasal suprema. Entretanto, suas características específicas são escassas na literatura, sendo abordadas superficialmente em estudos científicos e livros didáticos. Objetivo: Descrever os aspectos morfológicos da concha nasal suprema e analisar a sua importância clínica e cirúrgica. Metodologia: Revisão integrativa da literatura com buscas nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Embase e MEDLINE. Como ferramenta de busca, utilizou-se os descritores “supreme nasal concha”, “supreme turbinate” e “concha Santorini”, bem como o operador booleano “or”. Os critérios de elegibilidade consistiram em artigos originais sem restrição de idioma e período de publicação. Resultados e Discussão: Dentre 21 artigos não duplicados, foram selecionados seis. A concha suprema é mais encontrada bilateralmente e sua prevalência varia de 10% a 77% (média de 42,3%), sendo predominante no sexo masculino e tendo maior frequência no segundo trimestre de vida intrauterina, além de ter tamanho semelhante a concha superior na maioria dos casos. Embora seja uma variação anatômica, o conhecimento da concha suprema é importante para vários procedimentos cirúrgicos endoscópicos dos seios da face e da base do crânio. Conclusão: A concha suprema é mais comum do que se pensava. Estudos imagiológicos em tomografias computadorizadas, principalmente com reconstrução 3D, revelaram maior prevalência do que estudos anatômicos em cadáveres. Infere-se que a concha de Santorini pode não ser uma variação anatômica em algumas populações.