Supervision in social skills and their role in promotion of this repertory in psychology trainees

Abstract

Psicóloga, mestre em psicologia pela Universidade Federal de São Carlos -UFSCar, doutora pela Universidade de São Paulo -USP-Ribeirão preto, pós-doutora pela USP-Ribeirão Preto, docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, da faculdade de ciências da Universidade Estadual Paulista. (UNESP) Endereço para correspondência RESUMO O interesse pelo estudo das interações sociais de estudantes se justifica porque o ingresso na universidade exige novos repertórios para a vida acadêmica e social. Diante de tanta dificuldade de adaptação do estudante universitário, seria esperado que as universidades se preocupassem em ajudá-lo neste sentido, ainda que poucos estudos tenham sido conduzidos nesta direção. Ao supervisor de psicologia clínica cabe fornecer suporte social que permita melhorar o desenvolvimento profissional e social, de forma a estimular independência, autonomia e responsabilidade, colaborando para maior sucesso nas intervenções e satisfação com o supervisor e o treinamento. O objetivo deste trabalho é o de comparar (Teste Wilcoxon) as habilidades sociais (IHS-Del Prette) de 39 estudantes de psicologia antes e após frequentarem um estágio supervisionado em treinamento de habilidades sociais. A amostra é composta especialmente por mulheres e os resultados mostraram melhoras em quatro dos cinco fatores avaliados. Implicações destes achados são discutidas quanto ao repertório social e à saúde mental dos universitários.Palavras-chave: Universitários, Habilidades sociais, Supervisão.

Treinamento em habilidades sociais com universitários

“…Os objetivos, participantes, instrumentos e principais resultados dos sete estudos selecionados para a análise final estão apresentados na Tabela 1. Quanto aos objetivos, cinco estudos avaliaram a eficácia de um THS com universitários em situações diversas, tais como universitários com dificuldades interpessoais (Bolsoni-Silva et al, 2009) ou com sintomas de transtorno de ansiedade social (Pureza et al, 2012); universitários das ciências exatas tendo como foco especificamente atender as necessidades do mercado de trabalho (Lopes et al, 2017) ou estagiários de psicologia participantes de um estágio supervisionado preocupado em desenvolver HS (Bolsoni- Silva, 2009); ou, ainda, avaliação da intervenção com universitários em um contexto de mundo real, denominada assim pelos autores porque a intervenção foi aplicada sem fins de pesquisa a priori (Ferreira et al, 2014). O sexto estudo almejou promover a redução do estresse em estudantes de medicina através de um THS (Lima et al, 2016) e o sétimo analisou o impacto de THS sobre as crenças de autoeficácia social dos universitários (Olaz et al, 2014).…”

“…Em relação aos resultados, cinco dos sete estudos revelaram melhora com significância estatística (p ≤ 0,05) na avaliação pós-treino (Bolsoni- Silva, 2009;Bolsoni-Silva et al, 2009;Ferreira et al, 2014;Olaz et al, 2014;Lopes et al, 2017). Lima et al, 2016;Lopes et al, 2017), ANOVA naqueles com avaliação de seguimento (Ferreira et al, 2014;Lopes et al 2017) e ANCOVA no quasi-experimental (Olaz et al, 2014) (Lipsey & Cordray, 2000).…”

“…(Neufeld, et al, 2017 Ferreira et al, 2014), na redução significativa dos sintomas da ansiedade social (Pureza et al, 2012) e diminuição de níveis de estresse (Lima et al, 2016), bem como aumento da autoeficácia social (Olaz et al, 2014) e indicando a eficácia da supervisão na ampliação das HS dos estagiários (Bolsoni-Silva et al,2009). A principal limitação admitida pelos estudos foi referente à ausência de grupo controle (Bolsoni-Silva, 2009;Ferreira et al 2014., Lopes et al 2017., Pureza et al 2012; apontada como sugestão para estudos futuros, bem como a inclusão de filmagens na avaliação das HS (Bolsoni- ., Lopes et al 2017. Além disso, também foi indicada a inclusão de avaliadores externos, como pessoas com as quais os participantes convivem, a fim de obter informações complementares.…”

“…Dentre os dois restantes, um não apresentou dados referentes à análise estatística inferencial, mas apresentou resultados positivos baseados nos pontos de corte dos instrumentos(Pureza et al 2015) e outro não encontrou diferença estatisticamente significativa nas HS antes e após o THS, nem correlação entre as variáveis(Lima et al, 2015). Especificamente sobre os que apre-sentaram desfecho positivo após THS, os dois estudos de Bolsoni-Silva (Bolsoni-Silva, 2009;Bolsoni-Silva et al, 2009) revelaram melhora no escore total do IHS-Del-Prette e na maioria dos fatores avaliados isoladamente (ver Tabela 1).Já o estudode Ferreira et al (2014), além de ter encontrado aumento significativo do repertório de HS (IHS-Del-Prette), também constatou redução significativa da ansiedade (IDATE) após a intervenção. Olaz et al (2014) avaliaram o impacto do THS sobre as crenças de autoeficácia social comparando resultados em três grupos, um controle e dois experimentais; destes últimos, um instrucional e o outro vivencial.…”

“…No estudo de Pureza et al (2012), as autoras afirmaram que houve redução dos sintomas de ansiedade social, que passaram a ficar abaixo do ponto de corte para sintomas indicativos de transtorno após o THS.Em relação à análise de seguimento, apenas dois estudos realizaram essa etapa, e apontaram para a manutenção dos resultados obtidos com o THS, indicando, assim, a eficácia do programa para este público específico(Ferreira et al, 2014;Lopes et al, 2017). Outra informação relevante consiste no fato de que em dois estudos, ao analisar os participantes que não apresentaram mudanças significativas positivas após o treinamento, foi possível observar escores altos de HS já na avaliação pré-teste, configurando um efeito de teto(Bolsoni-Silva, 2009;Lopes et al, 2017).Para as análises, foram utilizadas estatística descritiva, apresentando nos resultados média e desvio padrão; e estatística inferencial, como Teste de Wilcoxon nos estudos que compararam as médias pré e pós-intervenção (Bolsoni-Silva, 2009;Bolsoni-…”